Carla Veríssimo cria site para se dar a conhecer e ao seu trabalho.

Carla Veríssimo cria site para se dar a conhecer e ao seu trabalho| http://cavverissimo.wix.com/carlaverissimo

09/10/07

O texto maior do Mundo para o amor mais curto da Terra.

apago o cigarro, mas tu chegas, naquele momento exacto em que eu estava pronta a despejar o cinzeiro, e pegas no cigarro e acende-lo.
e vejo a chama no isqueiro, a ponta vermelha do cigarro. tu a inalares-me novamente... tu a deitar fora o restante fumo.
eu entre os teus dedos, eu entre os teus lábios. eu confusamente um cigarro quase despejado.
eu já sem fogo.... eu de volta ao cinzeiro.
eu que recuo e avanço. eu que me permito arder por algum tempo. eu que me permito arder por algum tempo. eu que me permito arder por algum tempo. eu que me esforço por tapar a entrada de oxigénio e apagar toda a brasa que me acendeste.
eu que já estava quase boa, quando tu chegas novamente e me pegas outra vez.
e agora veio-me à ideia de me poderes ''raptar'' do meu maço de colegas, e me levares contigo por umas horas, onde possamos estar a sós, onde possamos desfrutar, tu da minha 'pimenta', eu do teu 'sal'.
eu a desejar que deixes de promessas, promessas, e tomes uma atitude.
eu a saber que não podes (talvez não possas), mas que desejas (talvez desejes)....
e hoje o meu desejo está aceso, mas amanhã vou ter que....
apago o cigarro...

e se o nó da pulseira preta que trago no braço não fosse tão apertado como o nó que tenho na garganta, tinha que ir já atirá-la ao mar, para o desejo se realizar.

eu que até da tua ex-namorada tenho ciúmes. E já foi há uns anos que tu… lhe percorrias o corpo com as mãos, que tu… excitadíssimo… que tu… suado de prazer… que o teu corpo nu junto ao dela. Que ela… te conquistou. Porque eras livre.

Eu que te quero conquistar. Livre.

Eu que quero o teu corpo nu no meu. Eu as tuas mãos excitadas, eu prazer suado entre os teus gemidos quentes.

eu livre. livre disto tudo e a tua amizade. só.
eu livre da carga sexual destas minhas palavras. eu a tentar explicar que nelas há também, há ainda, há acima de tudo, tudo aquilo que está em redor do ''simples'' acto de juntar 2 corpos. e o que está em redor é a cumplicidade, o carinho, o respeito, o diálogo, a amizade, os sorrisos, a partilha, as aventuras, a descoberta, as gargalhadas, a ajuda, o friozinho na barriga, o riso, a entrega, a dedicação, a luta,...
tudo aquilo que faz com que acima de 2 corpos juntos, haja 2 pessoas juntas.
e juntas não tem que ter etiquetas, (...)
Quer dizer, até ao dia em que os corpos já não resistem mais.
às vezes nem acredito que estou a escrever tudo isto para uma pessoa que já tem uma ''etiqueta'',....
e obrigo-me a testar os meus impulsos, os meus desejos, para tentar perceber até que ponto são estatisticamente válidos e significativos.
até que ponto posso fazer isto.
....

mas tu estás tão longe de tudo ISTO, tão a leste dos meus sentimentos,...

(...) não faz sentido nenhum eu querer beijar-te, pois não?
não faz sentido querer fazer amor contigo, pois não?
ser tua namorada, pois não?
Não faz sentido querer tudo isto e ao mesmo tempo NÃO QUERER, pois não?
QUERER CUSPIR.
DEITAR-TE FORA.
como se faz a uma boa chiclete.

não faz sentido querer-te uma noite, várias noites. Uma cama. Várias camas. Só dois corpos. Os nossos. POIS NÃO?

... E por isso faz sentido (não faz?) manter-te informado de tudo isto. Se calhar por cobardia, se calhar por ser tudo tão pesado, e eu tão pequenina e fraca... se calhar porque não aguento tudo cá dentro sozinha....

Conheci-te. Temos este amor proibido.

Não. Não temos, porque não é amor.

Temos muita cumplicidade. Trocamos sorrisos, abraços. Olhares. Falamos dos outros. Falamos de nós.

Tocamo-nos subtilmente. Sinto-lhe os dedos frios.

Saímos juntos. Rimos juntos. Acabo por dormir em casa dele.

Saímos juntos. Dormimos juntos. Cedemos…

Quero beijar-te.

Quero fazer amor contigo.

Quero ser a tua namorada.

E ao mesmo tempo gostava de NÃO QUERER tudo isto.

Mas se tu quisesses… Se tu quisesses…

Se tivesses os mesmos desejos, os mesmos impulsos…

E porque comecei a sentir-me assim, tão de repente… outra vez… mas sempre tão de repente… talvez o possa evitar, agora que ainda está no início… mas não sei se consigo. Não sei se quero…

Mas quero-te. Comigo. Uma noite. Várias noites. Uma cama. Várias camas. Só dois corpos. Os nossos.

Don’t mess with me! e eu para mim própria: Porquê? Tens medo de gostar? De querer? Tens desejos?

Queres?

Podemos tentar… se tu…

Não é possível duas pessoas apaixonarem-se uma pela outra automaticamente? Independentemente se têm uma relação com alguém? Como controlam todos estes sentimentos, estes desejos, estes impulsos?

Apaixonei-me pelo homem que não devia.

Não.

Não me apaixonei.

Não estou apaixonada.

O certo é que não paro de pensar nele. Noite e dia. É ele que me move.

Imagino-o a conversar com um colega de trabalho, todo preocupado comigo:

- Vou embora.

- Olha que a Carla queria boleia.

- Não está ali.

- Hum…

Imaginei tudo isto, e depois ele chega à minha sala e diz: Então, deixaste o Afonso ir embora?

Help is coming as long as you believe.

Imagino-o uma noite comigo. Várias noites.

E depois ele chega à minha cama. À minha vida.

Gostava eu!...

E não faço ideia do que pensaria ele, de como reagiria ao saber tudo isto.

E não faço ideia do que sente por mim. Como sente.

Se reprime.

Se não sente.

Se evita.

Se não consegue evitar. Mas também não dá um passo em frente. É tímido diz ele. Mas também não posso ser eu a fazê-lo.

Esta é uma vez em que não posso ser eu a fazê-lo.

Eu sempre disse que queria uma vez em que não fosse eu a dar o primeiro passo.

Aqui tenho.

E não tenho.

E espero.

E não sei.

E quero.

E temo.

E tenho dúvidas.

E recuo.

E avanço.

E pico. E provoco. E rio. E há algo. E há cumplicidade. E quero beijá-lo. E reparo nos contornos dos teus lábios. E na risca dos teus olhos.

Não é risca, mas parece que tens os olhos pintados.

E não tens.

Mas é bonito.

E reparo no nariz. E no cabelo. E no corpo. Nos ténis.

Eu que não sou de reparar nos sapatos.

E reparo nos braços. E penso… num abraço… numa carícia apertada.

Nós os dois. Nus. …

tu um dia a não resistires. Eu a sair do teu carro, tu a segurares-me o braço no segundo antes de eu pôr a perna esquerda de fora. Tu a dizeres qualquer coisa atrapalhada, a puxares-me contra ti e a beijares-me. A beijares-me e a não resistir.

Eu sempre invadida por pensamentos: gosto. Desejo. Quero tê-lo. E depois tenho mesmo, e gosto mesmo e desejo, e sinto-me bem.

E isto já aconteceu outras vezes. Primeiro o pensamento, o desejo, depois a realidade. O ter.

E assim, quero que todo este processo também aconteça contigo.

E quando se quer muito, consegue-se.

E quando se acredita.

Acredita com muita força. Acontece.

E ainda estou a mastigar a tua frase de hoje à tarde: Don’t mess with me!

E eu a sentir que tu queres dizer exactamente o contrário. E eu a sentir o que tu sentes. A puxares-me para ti, como eu te puxo para mim.

Eu a sentir-nos enrolados.

Não me desarrumes, não me confundas, não me baralhes, … que eu não posso,… mas quero.

Tu a picares-me com outros, porque não me podes picar contigo próprio. Mas é isso que queres.

A retórica provocante de um amigo comum:

- Ah, you want to taste him!

E eu a responder:

- no, I don’t.

mas a querer dizer Yes. So much. Too much…

e pensar que esta não é a primeira vez que sinto algo por ti.

Que já no ano passado, me sabia sempre bem, quando estavas presente.

E quando me der a loucura paro de escrever este texto por uma noite e volto na manhã seguinte, ainda com mais raiva, ainda com mais vontade de escrever, escrever, e não parar, não parar, NUNCA, até dizer tudo, até me cansar, a ver se os meus desejos desaparecem,… e sei que não vão desaparecer, sei que não vou conseguir evitá-los, nem que escreva este texto tanto, tanto, que ficasse tão grande e só parasse em Marte. Nem que escreva todos os livros do mundo. Porque hoje acordei com mais pujança do que ontem, e amanhã vou querer acrescentar mais umas frases, e depois de amanhã mais esta coisa quando começo a fechar as mãos e a fazer força, nervosa, e pra semana mais uns sentimentos, uns desejos, e depois também, e depois e depois, e também, e também,…

Nem que já não faça sentido.

And it’s supposed to be love

Qual é afinal o sentido do amor?

Empanquei.

Empanquei.

Acho que agora não consigo escrever mais nada.

Vou parar.

Mas por 2 minutos.

Não fujas.

Não fujas, que se conseguir não parar nunca de escrever este texto, 1º: acho que posso aprender algo enquanto escritora, acho que posso melhorar, maturar, evoluir… 2º: posso vir a entrar no Guiness com o maior texto do mundo.

Não me lembro de ouvir falar disso. Ainda por cima com um texto que fala de amor. Amor, essa coisa sem sentido, mas que faz mover as pessoas. Que as faz escrever textos como este. Um bocadinho mais pequenos, talvez.

Mas faz.

Mas não quero entrar por essa via lamechas, se não que o amor é, em geral, um sentimento por tudo e por todos, que nos faz seguir em frente, que nos faz acontecer, que torna um mundo bom, e todos esses lugares-comuns que pudesse acrescentar aqui, só pra pôr mais umas palavras sem sentido, fazendo com que este texto ganhe mesmo um Guiness.

Porque me tenho que sentir uma criminosa só porque mexes comigo?

Só porque sinto que gosto de ti?

Gosto de ti! É bom!

Mas pronto. Voltei à estaca zero e o maior texto do mundo vai perder todo o sentido e acabar mais cedo, na Lua, porque com a namorada, tu tens todos os extras que vêm com essa ‘etiqueta’: a irmã, o pai, a mãe, o carro, a cidade, a ilha, ….

E aqui fica então:

O texto maior do Mundo para o amor mais curto da Terra.

P.S.: Foste meu namorado. Por 10 dias. Tu é que não soubeste.

Repartindo esperanças e mágoas, por tudo o que é vento.

(…)

Que há-de ser da mais longa carta…

(…)

Já fizemos tanto e tão pouco, Que há-de ser de nós?

Comboio para Lisboa.

Penso em ti. Mas estou serena. Nada melhor que um dia de sol e uma viagem de comboio para me acalmar. Para inspirar e sentir esta serenidade. Esta beleza.

Ontem entre o rápido pensamento ‘’gosto de ti. Não é bom? Afinal qual é o drama? Porque são tão estúpidas as pessoas, quando não sabem reagir a isso?

Veio-me ao pensamento:

Apetece-me cuspir e mandar-te fora da minha vida. Sinto repudia. Apetece-me espezinhar-te, apagar-te.

Perdes o medo de estar só. No meio da multidão.

E agora que já sabes de todo este meu sentimento por ti, agora que já não vai ser igual, a nossa amizade (este meu medo sempre…), agora que sinto que não vou conseguir conviver contigo nem com isto dentro de mim. E vou andar sempre nervosa, e sem comer, e sem saber como agir, o que dizer,…

E no minuto seguinte sinto: NÃO. Levanto a cabeça. Estou serena. E sorrio. Sorrio sempre. Como só eu sei sorrir. À minha maneira. Deste jeito que tu sabes. E sigo em frente. E não choro. Nem por uma lágrima.

quero andar de bicicleta. Contigo. Caminhar na montanha. Contigo.

Assobiando as melodias mais bonitas

(…)

O meu desejo fez as malas e fugiu.

Tantas e tanta músicas que adorava ouvir contigo.

Adorava um abraço.

Outra vez.

E outra, e outra,…

Tão inocente, tão espontâneo, tão teu,…

E enquanto me lambuzo até à última gota de iogurte, atento aos movimentos da minha língua e penso há quanto tempo o último beijo…

E penso na tua língua na minha… no friozinho na barriga…

Nada mais de ti agora. Só este beijo imaginado.

Só as tuas mãos na minha cara. Só esta carícia imaginada.

Portanto, quando na outra noite me perguntavas na brincadeira Mas pensas que sou teu namorado?, tenho a dizer-te:

PENSO! Penso. Com todas as letras. Imagino.

ÉS! Tu é que não sabes.

É como os miúdos pequenos quando lhe perguntamos

- Tens namorado?

E eles:

- Tenho.

E nós:

- E ele sabe?

-Não…

Ou:

- Quem é o teu namorado, Carla?

- É o Pedro…

E ela corada, envergonhadíssima, a correr, a fechar as mãos nervosas na saia da mãe,…

- E tu, és a namorada dele?, nós ainda a chatear.

… e um encolher de ombros, uns olhos a fecharem-se, e ela a fugir.

E o facto é que vieste, num abraço. Ali. No meio de toda a gente. Como no fundo eu não tinha imaginado. Envolveste-me com os teus braços. Nesse jeito inocente. Espontâneo. Tão teu…

E soube tão bem…

ADORAVA, que viesses de repente, num beijo no meu pescoço. Nessa mesma velocidade com que sais para fumar um cigarro. Que viesses por trás e num ápice: um beijo. No pescoço. O meu. Na cara. A minha. Um simples beijo. Um gesto de carinho. De amizade. Podia ser esta a justificação, a desculpa. Não podia?

Já viram o que era ele desafiar-me numa de tête à tête?

- Mas que é que tu queres?, todo costas direitas, peito esticado para a frente, armado como um galo, bem junto a mim, a olhar-me com aquela importância toda de uma crista altaneira, e depois cair na própria jogada e desarmar, e perder toda a postura, e descompor-se, todo enlaçado em mim, todo desarrumado, todo confuso, todo baralhado, e um beijo.

Um beijo. Num ápice.

Um beijo, sem querer.

Um beijo querido.

Um beijo evitado.

Um beijo.

Só um.

Um grande.

E depois… Opá… isto não devia ter acontecido…merda… Ele irritado, ele a andar de um lado para o outro, ele atrapalhado nos gestos, ele mãos a coçar o cabelo, ele confuso,…

….

Mas o facto é que vieste. De repente. Não num beijo no meu pescoço, mas numa espreitadela rápida, por trás de mim, a picares-me.

E eu, desato numa risota interior, a pensar que se continuar a escrever todos estes meus desejos, pouco a pouco (é só preciso ter paciência… essa minha qualidade fraca…), eles vão mesmo virar realidade, e mais noite, menos dia, estamos os dois rebolados numa cama, no meu prazer suado entre os teus gemidos quentes.

AI!

Quero ir aí, junto da tua cadeira, abraçar-te por trás. Dar-te um beijo. Na bochecha.

Ou que venhas tu. Me abraces. Me dês um beijo. Sabes, como se faz aos bebés? É isso. Apertar-te. Apertar-te muito.

Fui estender-me na praia, sozinho ao relento

(…)

Acordei com o toque suave de um beijo

(…)

E escrevemos no espaço um novo alfabeto

Cuspir-te, porque afinal não passas de um chupa. E quando se acaba, os meninos pequenos deitam fora o pau.

Ass.: O maior texto do mundo… e ainda não está acabado.

17/09/07

a brief description of Polish vacations...

We went in Warszawa, Torun, Wroclaw, Jarocin, Golina (!!!!!!!!!!!!!), Krakow,...

we had to change trains in the middle of nowhere.. and we deal with it.. this polish thing all around!!!!

then we went in Auschwitz.. and we were about to sleep in the gas station, until one guy give us a lift.. to one hotel without available rooms! but then the receptionist send us in a bloody hotel with a old crazy lady... and no conditions...was amazing...

the next day we stopped a car to ask how to go in the train station and the guy took us in his car!!!!

everything in polish!!

then, after Auschwitz.... without comments....

we went in Krakow, that i didn't like, at all....

and we decided to take the 1.00 AM train to avoid spend more money in hostels, and sleep inside the train... but, because of this polish language.. we lost the train... that actually didn't pass!!!

an adventure... sleeping in the ground,... OUTSIDE OF the train station, freezing.... and looking like pooooooors.... homeless....
last but not the least: We've met the only stupid polish guys, in the airport. But, appart that, at that moment we were able to ''spierdalache'' them, a kind guy apologized them, to really show that even with such adventures and not such good moments, Poland is a country to visit, to love, to stay...

11/09/07

porque há amigos a quem se pede uma mão e eles nos dão logo um braço inteiro. os dois braços. a sua dedicação. o seu esforço.
porque há amigos que superam todas as expectativas...
porque nunca vou conseguir retribuir nem metade do que fazem por mim..
porque eles estão sempre lá: em cima. a cima.
porque há.... o que tens feito por mim, desde o dia em que nos conhecemos. desde que te considero: AMIGO.
obrigada.. a letras pequeninas... como eu.... porque já não consigo superar as tuas expectativas... mas por tua causa!!

07/09/07

... porque há amigos que ficam, e (signi)ficam. pelas suas palavras, pela sua sinceridade, pelos seus sorrisos, pelas suas mensagens, ...
Pela cumplicidade, os olhares, os dedos frios,....
pelo que fazemos juntos. pelos risos. pelas viagens. pela intimidade. pelo desejo....

04/07/07

Estou em choque. Acabo de chegar da Holanda, abro as páginas dos jornais e de paro-me com a morte de Henrique Viana, aos 71 anos, de cancro, do maldito cancro, ''ratando, ratando'', como disse Lobo Antunes, que também está com esta maldita doença....

25/06/07

Yesterday was so nice, beautiful, funny,… that maybe we will not have such a good time again…

In this way, I’ll keep those moments as a ''goodbye'', as the best gift that someone could give me, even was you that should receive gifts.

You attract me, but by the rules of society - which can be me, you, our friends,… - I cannot tell you this.

As I cannot tell you how much I’d like to kiss you, because maybe, something will broke…. Because the nice, beautiful and funny can fall into water,…

You make me feel free, happy, I feel like we could/we can have more and more pleasant moments, but I’ll not tell you nothing of this.

You provoke me feelings, an inside revolution, but I cannot tell you this…

I cannot tell you how tired I am of cannot tell….

and this, is my first english poem....

and this poem don’t have to have a meaning, apart of the meaning that each one of us wants to give for this yesterday….

18/06/07

Na fase final do Mundial na Suíça
Hóquei em patins: Portugal estreia-se com vitória sobre a França
A selecção portuguesa de hóquei em patins estreou-se hoje na fase final do Mundial com uma vitória por 4-1 sobre a congénere francesa, em encontro da primeira jornada do grupo C da competição, que decorre em Montreux, na Suíça.

A equipa portuguesa chegou ao intervalo a perder por 1-0, na sequência do golo marcado por Nicolas Guilbert, mas conseguiu dar a volta ao resultado durante a segunda parte, graças aos três remates certeiros de Reinaldo Ventura e a outro de Caio.



Portugal reparte a liderança do agrupamento C com a selecção dos Estados Unidos, que hoje se impôs a Moçambique por equilibrado 5-4, mas Portugal detém melhor diferença entre golos marcados e sofridos em relação aos norte-americanos.

17.06.2007 - Notícias Público .pt - Lusa

30/05/07

... Após uns dias necessários para recuperar o ritmo, cá vão os meus ''Ses'' à arte d'imaginar:


E se...
Se fosse uma hora do dia, seria:
a hora do pôr-do-sol
Se fosse um astro, seria: o próprio Sol
Se fosse uma direcção, seria: Norte
Se fosse um móvel, seria: um contador............. sem ''se'', porque sonho ter um há muito tempo. E sei que vou ter;)
Se fosse um líquido, seria: água
Se fosse um pecado, seria: vaidade. Gosto de me sentir bonita!
Se fosse uma pedra seria: um quartzo rosea
Se fosse uma árvore, seria: bétula
Se fosse um fruto, seria: manga. morango.
Se fosse uma flor, seria: a do algodão
Se fosse um clima, seria: mediterrâneo
Se fosse um instrumento musical, seria: oud
Se fosse um elemento, seria: Oxigénio
Se fosse uma cor, seria: LARANJA
Se fosse um som, seria: o do jazz...
Se fosse uma música, seria: TANTAS... Estrela do Mar; Com um brilhozinho nos olhos; Maria Albertina;
Se fosse um estilo musical, seria: todos. Música do Mundo.
Se fosse um sentimento, seria: AVENTURA
Se fosse um livro, seria: Primeiro Livro de Crónicas, António Lobo Antunes.
Se fosse uma comida, seria: todas.... Bacalhau-à-Brás, se só pudesse mesmo ser uma...
Se fosse um lugar, seria: Balos, Creta, Grécia
Se fosse um gosto, seria: um bom gosto;)
Se fosse um cheiro, seria: Vicks VapoRub... que me lembra tanto a minha infância...
Se fosse uma palavra, seria: LIBERDADE
Se fosse um verbo, seria: SONHAR
Se fosse um objecto, seria: um cubo mágico
Se fosse uma peça de roupa, seria: um vestido... para poder rodopiar e sorrir, e sentir-me inocente...
Se fosse uma parte do corpo, seria: os meus olhos
Se fosse uma expressão facial, seria: uma gargalhada
Se fosse uma personagem de desenhos animados, seria: o Tom Sawyer
Se fosse um filme, seria: o Luna Papa, que foi durante muito tempo a minha ''Amélie''... e ainda é...
Se fosse uma forma, seria: um triângulo, para ter vistas para 3 lados essenciais
Se fosse um número, seria: 11... não sei porquê...
Se fosse uma estação, seria: Primavera-Verão, 2097
Se fosse uma frase, seria:

Hoje fui à rua e veio-me um cheiro a quando era pequenina. Hoje ainda sou pequenina, mas a inocência de outros tempos esses, nem sempre me vem ao nariz. Deve ser o nariz tá a brincar.


E lançando o desafio, espero pelos vossos ''Ses'':

http://newslav1957.blogs.sapo.pt/

http://didea.blogspot.com/

http://u-mind.blogspot.com/

31/03/07

Tributo a Felipe

O INVERNO, para mim, é imaginar a casa do Felipe. Imaginar nós os dois e uma lareira acesa. Nós sentados num tapete felpudo, no chão, junto à lareira.

Uns almofadões espalhados pela sala. Umas velas acesas a uns cantos ou nenhumas velas acesas e só a luz das chamas.

Nós os dois a tomar chá e a conversar. A conversar a noite inteira. A rir,… ele a tocar…

Imaginar nós os dois a cantar.

A conversar. A conversar.

A con…. Até cair de son…. E adormecer ali mesmo, já quando não há chamas. Já quando só há duas ou três brasitas acesas…

e nós aninhados no sofá, enrolados em mantinhas de lã…

18/03/07

27. Fev 07

Estação de Metro de Sintagma, 20H15min: Concerto de Rebetiko, pela Greek Orchestra

Este sítio é incrível. Porque saímos do metro, do bulício das gentes, das correrias, dos corpos entalados nas portas do metro já quase em andamento, e entramos numa sala ampla, quase sem dar por ela, porque está logo ali em frente às escadas rolantes. Mas para o lado de cá das portas abertas desta sala, há música, há dança, há performances, vídeos, quadros na parede, pinturas, ... Há paz. Há esta boa sensaç
Ao de quando se está num concerto ao vivo.
Desculpem, não consigo escrever melhor o que estou a sentir... é difícil... mas para terem uma ideia a Orquestra canta ‘’There is nothing we can do, life is always like this, to laugh or to cry, every day and every night’’.
...
ainda assim vou tentar explicar um bocadinho melhor esta sensação que tenho, aqui nesta sala, porque não sinto que tenham entendido.
Há gente que sai do metro e decide cruzar as portas abertas desta sala e começa a deambular aqui dentro, a apreciar os quadros nas paredes, e como a Orquestra continua a tocar, estes transeuntes podem também disfrutar da música. E nós aqui sentados, apenas a apreciar os sons do piano, das buzukias, do violino, da guitarra e do clarinete, somos um pouco como os quadros nas paredes, e aposto que alguém nos está a apreciar neste preciso momento.
E a imagem que tenho é a das bonecas russas, umas dentro das outras. Neste caso, quadros dentro de quadros. E lembro-me ainda do Mundo de Sofia e as marionetas nas mãos de um desconhecido qualquer.
Assim, às gentes em correria para entrar no Metro, todos estes quadros lhes passam COMPLETA e literalmente ao lado.
e a frase certa para tudo isto é: Is to feel peace in the middle of the crowd!

05/03/07

Klimataria

não vos venho falar da Acrópole, de Ágora, Sintagma, Kolonaki, Victória, nem de Monastiraki, da Rua Ermou ou do Teatro de Herodes Attikus.
não vos venho escrever sobre Rebetiko, Cariátides, Zappio, Plaka, Areopagus, nem sobre o Temple of Olympian Zeus, nem da Estação de Comboios de Omonia (a minha favorita), nem da Manifestação dos Estudantes, por um ensino publico gratuito.
não vou falar do Estádio Olímpico, nem de Savina Yannatou, kanonaki ou buzukias. 
muito menos falar-vos da igreja Kapnikarea, na Rua Mitropoleos, "vendida" nos panfletos turísticos como ''A igreja debaixo de umas arcadas". Acontece que na urgência de uma Atenas em expansão, onde dos 10 milhões de habitantes de toda a Grécia, 4 milhões se engalfinharam na Capital, alguém decidiu construir um prédio enorme com arcadas POR CIMA da dita igreja...
E é assim que um tão grande desordenamento urbano, ao invés de provocar a ira, gere um ponto de interesse turístico!!
Assim que não vos venho falar de nenhum destes lugares-comuns, mas sim de um lugar, talvez comum em muitos lugares existentes por esse mundo fora: O RESTAURANTE KLIMÁTARIA.
UMA CASA sem explicação. Só vista!
lamparinas de petróleo a iluminar as mesas. mesas pequenas de madeira. cadeiras com acento de corda entrançada e para que o rabo não sofra muito, algumas têm umas almofadas velhas e sujas em cima, mas feitas de arraiolos!!! Outras têm uns tapetes, outras uns pedaços de napa, outras naperons,...
a iluminar a sala, além das lamparinas a petróleo e de uns candeeiros pendurados na parede, tipo altar, há duas velas de cera à minha altura. Literalmente à minha altura!
há ainda uma lareira acesa e nas paredes... enfim... como escrever... tudo e mais alguma coisa que possam imaginar que o homem tenha acumulado vida FORA, mas que tenham ficado ali DENTRO daquele lugar!!
gaiolas, panos, raquetes, espanta-espíritos, detergentes, camelos de plásticos, cassetes, ... e ali ao canto, um amontoado do que qualquer pessoa chama LIXO, bordel, o degredo, sei lá! há tanta, tanta tralha, que o amontoado faz continuação com as belezas penduradas nas paredes!
malas, cobertores, aparelhagens, tapetes farfalhudos, guitarras partidas, roupa, roupa, roupa, candeeiros, bonecos de peluche, bonecos de plástico, roupa, roupa, roupa,... bancos,...
e depois disto tudo, provavelmente nenhum de vós jantaria num LUGAR tão comum quanto este!! A NÃO SER, que eu faça dele um ponto de interesse turístico, como os construtores do edifício das arcadas, fizeram com a igreja...
A imagem disto é mais ou menos a mesma de quando fui a casa de umas primas, e a avó delas tinha tanta, tanta, tanta, mas tanta roupa amontoada na estreita entrada de casa, que quando o telefone tocava, ouvia-se um som muito ao longe, ou nem se ouvia, ou não se sabia onde estava o telefone.... e claro, estava debaixo do monte de roupa...
assim que a entrada deste 'Restaurante' é exactamente assim, estreita e com um monte de roupa, de bonecos, cassetes, telefonias, .... talvez com a diferença que não vi nenhum telefone. Mas não sei se estará lá debaixo!!
Aqui também não faltam teias de aranha! Qualquer pessoa já teria, inclusive pensado nisto. Nisto e em todos os animais amiguinhos destes ''places'', tipo ratazanas, baratas, pulgas, caraças e daí pra baixo!!
E acreditam que o Restaurante está cheio?!
Pergunto-me se existirão mais lugares como este, por esse mundo-comum fora?
O jantar: beringela laminada e frita, muito boa! Salsichas, tipo Alemãs, com tomate e oregãos. Boas, boas! Queijo feta, frito e um psomi (pão) fantástico!
Há gatos em cima das mesas e as pessoas a jantar! E um deles a espirrar-se todo! Onde é que eu já vi isto?!
Entretanto reparo nas mãos do dono do ''Restaurante'' (que é quem serve às mesas)... Elas não estão sujas, estão... negras, IMUNDAS, sei lá, encardidas do tempo!
será que a comida sabe melhor por causa disso?! 
Chama-se Makis, tem 70 anos e tá sempre a dizer asneiras, como ''Gamôto''.
Vem à mesa ao lado da minha e vejo-o espremer um limão, com as mãos encardidas do tempo, para cima duma salada!
Quando o Iannis lhe disse que eu sou Portuguesa, começou logo a dizer Ah, Amália Rodrigues, Amália Rodrigues, Piaf and Muskuri, ena!! (ena, significa Um).
E disse ainda que a voz da Amália não vai voltar existir, não vai voltar a aparecer voz como a dela. Portugal teve bons cantores, mas como ela não há. Aliás, a voz dela não é de Portugal.. é do Mundo!
E lembro-me daquela música Todos nós temos Amália na voz/E temos na sua voz/A voz de todos nós!
Depois falou também da sua Teoria acerca das Relações Humanas. Disse que quando conhecia uma mulher, primeiro ia para cama com ela e só depois falavam de coisas da vida, música, arte, religiões, o que fosse. Porque de outra forma, o coração estava sempre acima da razão, ou a vontade do corpo acima do pensamento e não se estava totalmente livre para conhecer totalmente a outra pessoa. Assim, que satisfeitos os impulsos, podiam então conhecer-se!!...
Os gatos continuam a saltar de mesa em mesa e a lamber os pratos, agora só com restos.
Eu comi tanto, e tantos fritos, que fiquei mal disposta. A ponto de ter que pedir uma água das pedras. E não é que o Makis abriu a garrafa à minha frente?? Sabem como sou com estas coisas dos ''mínimos'', e ''não se traz uma bebida ao cliente já no copo''!
Enquanto saboreio este carinho na minha alma, penso que cada tralha em meu redor tem uma história, um porquê de estar ali, um passado útil.
Reparo ainda num quadro na parede assinado pelo Makis que diz A música é uma espécie de amor, um carinho nas nossas almas, e o artista respira através dos aplausos. 
E de aplausos respira também Marta, uma rapariga na mesa ao lado, que canta na sua voz bonita, enquanto os amigos tocam.
To logariasmo: 20 evro!


01/03/07

Como se não houvesse amanhã

As nossas fotos de viagem podiam ter sido eu com aquele sorriso de parva e a cara de lado, uma mão não sei onde e a outra em cima das costas do sofá cor de rosa-velho.
Podia ter sido nós a inventar que era a nossa sala de estar à direita e a nossa suite à esquerda.
Mas foi o nosso quarto, com espelho na parede, é certo. Mas foi a nossa sala ali do outro lado do corredor, sem sofás nem nada; só a ficha para carregar o telemóvel.
Foi a nossa sala de ballet, posteriormente ocupada por uma não nossa convidada. Foram os nossos vizinhos na casa sem paredes, embrulhados um no outro e que se decidissem fazer amor, sexo ou o que fosse nós víamos tudo. E ouvíamos!
E foram ainda as velhas a chegar primeiro do que nós ao sofá rosa-velho. A chegar primeiro por alguma razão que só os ossos delas conhecem, justamente para que daqui a três horas, fora as outras 3 que já passaram desde que entrámos no barco, não esteja um osso a cada canto e as velhas desconjuntadas, ainda mais partidas do que eu.
Foram as velhas a chegar primeiro ao sofá rosa-velho para não acordarem a meio da noite, exactamente a meio e, em vez de beberem um copo de água ou irem à casa-de-banho, começarem a escrever que As nossas fotos de viagem podiam ter sido eu com aquele sorriso de parva e a cara de lado, uma mão não sei onde e a outra em cima das costas do sofá cor de rosa-velho.
Ass. Carla, 3.10 da manhã, que entretanto já passaram 10 minutos desde que comecei a escrever isto. A escrever e a flatular-me toda como se não houvesse amanhã, já diria a Guil!
Olha, e agora a Alexandra tá a roncar!! Lindo!! Ah! E a nossa não convidada também e ainda mais alto!!



g

Our trip photos could have been me with that stupid smile, my face turned, one hand I don’t know where and the other one above the back of the old-pink sofa.
Could have been me inventing that it was our living room on the right and our suite on the left.
But it was our bedroom with a mirror in the wall in fact. It was our living room on the other side of the hall without sofas, without nothing. Just the plug to charge the mobile.
It was our ballet room, later occupied by one uninvited woman.
It was our neighbours in the house without walls, hugging each other and if they had decided to make love, sex, whatever and we could see everything. And listen!
And it was also the old women getting first in the old-pink sofa for some reason that just their bones know, maybe to avoid leaving one bone in each corner after 3 more hours of trip and not to be as broken as me.
It was them getting first to the sofa to avoid waking up in the middle of the night, right in the middle, and instead of drinking a glass of water or going to the bathroom, beginning to write that Our trip photos could have been me with that stupid smile, my face turned, one hand I don’t know where and the other one above the back of the old-pink sofa.
Sig. Carla, 3.10 a.m., because 10 minutes have passed since I started writting this. Writing and farting, as tomorrow never comes, like Guil says!
Oh, and now Alexandra is snoring!! Great! Oh! And our uninvited too and even more loudly!

26/02/07

O meu primeiro poema grego!!

Para poli tipota toogariasmo ti kanis paralia miga eci né kala aftó guitzés oréa triti efgaristó símera avocatô elaré souvlaki kalispera oxí nero elefterias bouzukia alá apó iné zoí cromata den parakaló fortetza egó pâme mono paraskevi yassas afti avrio edó s’agapo ipomena musique lipon lefto kalikandzere ergumé dromo bougatza coma tria tikanete malacas ladi tessera avgá. Tessera. Mia docis cacau. Mia! Pandu more du levis i kasevis? Déftera éna blé portukáli milao spiti vivlio ecató. Alithia ? odos ssaranda póli kubi squilos imé. katalavés? Rruvardás diladi aftá salami PERIPTERO kalinichta dacsi potiri amácsi esfugaristra zarrari gála peripétia évro pende ómorfos psira cráci próto ghata léo émis thélo

Muito muito nada conta como estás praia mosca tu sim bem santinho tá bem terça obrigada hoje abacate então souvlaki boa-tarde não água liberdade bouzukia mas para é vida cores não por favor fortetza eu vamos só que sexta olá ela amanhã aqui amo-te tenho dito música assim dinheiro kalikandzere já vou estrada bougatza ponto três como estão malacas (punheteiro) azeite 4 ovos. QUATRO. Meia dose de cacau. Meia! Em todo o lado caraças trabalhas ou brincas? Segunda uma azul laranja falo casa livro cem. A sério? Rua. Cuarenta cidade botão cão sou. Percebes? generoso ou seja aquela chouriço quiosque boa-noite ok copo carro esfregona açúcar leite aventura 5 lindo piolho vinho primeiro digo nós quero.

14/02/07

E ainda, o ABORTO

O sim ganhou, mas a discussão pode e deve continuar. Aliás é mesmo isso que se quer.

Não basta um ''Sim''.

Não quer dizer que agora podemos deixar de usar preservativos. Por favor, a SIDA existe!!! É o velho lugar-comum!! A SIDA, a Sífilis, o Papiloma, e todas as DST's!

Não quer dizer que agora podem começar todas a engravidar aí pelos cantos!

Que nenhuma queira passar pela situação/decisão de um aborto.


Toda esta questão é muito mais complexa que um mero ''SIM'' a uma questão feita num Referendo.

Assim, e para continuar a alimentar a discussão do assunto, aqui fica uma opinião:


««O que mais me revolta às vezes é a simples repetição de chavões do senso comum, frases feitas em torno das quais se faz a propaganda pelo Sim, SEM SE PENSAR MINIMAMENTE no que se está a dizer.

"Não ter as condições para a criar"??? Se por acaso fosse feito um registo com os dados relativos às mães que decidem abortar, talvez até houvesse uma surpresa quando fosse traçado o perfil da mãe-tipo que aborta! A mãe-tipo não seria tão desprovida de dinheiro, nem tão jovem, nem tão "desamparada" quanto seria de esperar. Aquela visão melancólica da mãe ainda adolescente, coitadinha, sem dinheiro, a meio dos seus estudos, que, MESMO TOMANDO TODAS AS PRECAUÇÕES no momento do acto sexual e sem pais que a possam apoiar, teve o azar de engravidar deverá dizer respeito a que percentagem do total de mães portuguesas que actualmente vão a Espanha abortar? Julgo que a maior parte dos partidários do SIM revêm essa imagem (tal reflexo pavloviano) vezes sem conta sempre que se lhes é falado em aborto!
Tendo por base essa imagem dizem-se coisas como:
1. "não ter condições psicológicas para ter a criança". UAu! Então mas se ela não estava realmente planeada, é de esperar que a mulher fique indiferente, não?
2 "Não ter condições sociais"? de que tipo? não percebo bem estas condições... Medo que o nascimento vá afectar a sua hetero-imagem? OU pior, os paizinhos a não quererem passar pela "vergonha" de já terem um neto e dos amigos destes paizinhos lhes apontarem o dedo quanto à má educação/informação sexual que deram aos filhos. Realmente é de um impacte social preocupante!
3. "Não ter condições financeiras"? Este então é o melhor argumento de todos! Por favor leiam e analisem com seriedade mais estatísticas sobre quem são as mulheres e o seu nível de vida nos países onde a IVG é permitida!! Quem realmente se move e "faz das tripas coração" para arranjar o dinheirito para ir ali a Badajoz abortar não poderia pensar que o mesmo poderia ser utilizado com o seu filho? Este argumento do dinheiro ainda se torna mais interessante quando nos lembramos da precariedade em que se vivia em Portugal há anos atrás por altura em que nossos pais e avós nasceram... Se este fosse um argumento válido, muitos de nós não estariam aqui hoje!
CONCLUSÃO? Podemos concluir brilhantemente que a criança não é de facto desejada. Pudera! Com tantos argumentos em torno de questões egocêntricas, não há de facto espaço para pensar no outro. Quantos de nós, na casa dos 20-30 anos não fomos fruto do acaso? Será que estavamos todos nos planos dos nossos pais? Fomos todos desjados? Perguntem aos vossos pais. E perguntem-lhes também se estão arrependidos da opção tomada? Surpreendidos com a resposta?... Talvez, até porque nem havia condições na altura!

Eu não vou votar, por uma decisão pessoal (também não voto em eleições políticas), e não vou abrir excepção nesta questão. Se votasse, votaria Sim, apenas e simplesmente pelo princípio da liberdade de escolha de cada um querer fazer/dizer as asneiras que quiser... embora neste caso do aborto quem paga as consequências não são os próprios! Prevê-se que abortar em Portugal não deverá ser um acto médico comparticipado, adoptando-se assim o princípio do utente-pagador, e muito bem! Pois se existem outros tratamentos, medicamentos, internamentos, cirurgias e outras urgências de saúde que também não são comparticipadas... Merda de país que vive sempre à sombra do "subsídio"! Os impostos são necessários para outras coisas neste país do 3º mundo! Pensar-se que ainda existem regiões (DO LITORAL do país!!!) ainda sem o saneamento básico! Bem estou-me a afastar do tema... Reflictam!»», Sérgio Marto

12/02/07

O Aborto já era um ''SIM'', de modo que, com o futuro que se adivinha, apenas se está a dizer ''SIM'' ao fim da CLANDESTINIDADE e das péssimas condições em que o ABORTO tem vindo a ser praticado até então.

23/01/07

Edite Estrela revela documento
Referendo: Parlamento dinamarquês apela ao voto "sim" em Portugal
23.01.2007 - 09h02 Lusa

A eurodeputada socialista Edite Estrela divulgou ontem à noite, durante um debate realizado em Castelo Branco pela despenalização da Interrupção Voluntária de Gravidez (IVG), um apelo ao voto "Sim" em Portugal oriundo do parlamento dinamarquês.

Segundo a eurodeputada do PS o aborto "diminuiu na Dinamarca" desde que aquele país despenalizou a IVG, até às 12 semanas, em 1973.

Classifica o tema do aborto como "um assunto ético e sério" mas lembra que 95 por cento dos dinamarqueses "acham que a mulher deve ter o direito de escolher uma interrupção voluntária da gravidez segura e legal".

No discurso que proferiu, Edite Estrela apresentou ainda números de um estudo norte-americano, que apontam para um custo "quatro vezes superior" do aborto clandestino quando comparado com os custos da IVG até às 10 semanas.

"Até às 10 semanas [a IVG] é feita por processos químicos. Não tem os custos que as pessoas pensam", disse.

"O que não significa que silenciemos as distorções, as falácias e as mentiras", avisou. Defendendo o envolvimento de todos os cidadãos na consulta popular e o combate à abstenção, alertou que está em causa "o próprio instrumento do referendo".

"Se [o referendo] continuar em Portugal a não ter a adesão do povo, a democracia participativa está em causa", disse.

13/01/07

Dia 11 de Fevereiro: Vote SIM!

Sinto que tenho fazer algo.

Estamos a menos de um mês do REFERENDO!

Sinto que também eu tenho de entrar em acção, para fazer com que não haja abstenção. E claro, para fazer com que percebam a minha opinião e o meu apelo ao SIM.

SIM, por uma decisão pessoal e intransmissível;

SIM, porque o ABORTO, já é uma realidade no nosso país, mas infelizmente sem as melhores condições para tal;

SIM, por essas condições;

SIM, porque o dinheiro dos contribuintes não será só para isto, como se após a DESPENALIZAÇÃO não se gastasse dinheiro em mais nada!;

SIM, com a consciência de que esta não é a única solução. É claro que há outras medidas a tomar, como INFORMAÇÃO, PLANEAMENTO FAMILIAR, diminuição do custo dos preservativos e dos anti-conceptivos ou mesmo acesso gratuito!

SIM, porque mesmo com preservativos e pílulas, a eficácia não é de 100%!

SIM, porque a mãe deve ter direito a desejar um filho. Não a criá-lo sem condições psicológicas, sociais, financeiras, etc, etc, etc,...

SIM, porque a lei não vai obrigar quem não concorda com a DESPENALIZAÇÃO a fazer um ABORTO, mas obriga as que CONCORDAM a não o fazer!

SIM, por este tipo de LIBERDADE! De DEMOCRACIA!

07/01/07

Arte poética, in A criança em ruínas - José Luís Peixoto.

o poema não tem mais que o som do teu sentido,
a letra p não é a primeira letra da palavra poema,
o poema é esculpido de sentidos e essa é a sua forma,
poema não se lê poema, lê-se pão ou flor, lê-se erva
fresca e os teus lábios, lê-se sorriso estendido em mil
árvores ou céu de punhais, ameaça, lê-se medo e procura
de cegos, lê-se mão de criança ou tu, mãe, que dormes
e me fizeste nascer de ti para ser palavras que não
se escrevem, lê-se país e mar e céu esquecido e
memória, lê-se silêncio, sim, tantas vezes, poema lê-se silêncio,
lugar que não se diz e que significa, silêncio do teu
olhar de doce menina, silêncio ao domingo entre conversas,
silêncio depois de um beijo ou de uma flor desmedida, silêncio
de ti, pai, que morreste em tudo para só existires nesse poema
calado, quem o pode negar?, que escreves sempre e sempre, em
segredo, dentro de mim e dentro de todos os que te sofrem.
o poema não é esta caneta de tinta preta, não é esta voz,
a letra p não é a primeira letra da palavra poema,
o poema é quando eu podia dormir até tarde nas férias
do verão e o sol entrava pela janela, o poema é onde eu
fui feliz e onde eu morri tanto, o poema é quando eu não
conhecia a palavra poema, quando eu não conhecia a
letra p e comia torradas feitas ao lume da cozinha do
quintal, o poema é aqui, quando levanto o olhar do papel
e deixo as minhas mãos tocarem-te, quando sei, sem rimas
e sem metáforas, que te amo, o poema será quando as crianças
e os pássaros se rebelarem e, até lá, irá sendo sempre e tudo.
o poema sabe, o poema conhece-se e, a si próprio, nunca se chama
poema, a si próprio, nunca se escreve com p, o poema dentro de
si é perfume e é fumo, é um menino que corre num pomar para
abraçar o pai, é a exaustão e a liberdade sentida, é tudo
o que quero aprender se o que quero aprender é tudo,
é o teu olhar e o que imagino dele, é solidão e arrependimento,
não são bibliotecas a arder de versos contados porque isso são
bibliotecas a arder de versos contados e não é o poema, não é a
raiz de uma palavra que julgamos conhecer porque só nós podemos
conhecer o que possuímos e não possuímos nada, não é um
torrão de terra a cantar hinos e a estender muralhas entre
os versos e o mundo, o poema não é a palavra poema
porque a palavra poema é uma palavra, o poema é a
carne salgada por dentro, é um olhar perdido na noite sobre
os telhados na hora em que todos dormem, é a última
lembrança de um afogado, é um pesadelo, uma angústia, esperança.
o poema não tem estrofes, tem corpo, o poema não tem versos,
tem sangue, o poema não se escreve com letras, escreve-se
com grãos de areia e beijos, pétalas e momentos, gritos e
incertezas, a letra p não é a primeira letra da palavra poema,
a palavra poema existe para não ser escrita como eu existo
para não ser escrito, para não ser entendido, nem sequer por
mim próprio, ainda que o meu sentido esteja em todos os lugares
onde sou, o poema sou eu, as minhas mãos nos teus cabelos,
o poema é o meu rosto, que não vejo, e que existe porque me
olhas, o poema é o teu rosto eu, eu não sei escrever a
palavra poema eu, eu só sei escrever o seu sentido.

19/12/06

Vão para lá de parte nenhuma, dando o vindo por não ido, à espera do adiante.
(...)
É Muidinga que chora. O velho se levanta e zanga:
- Pára de chorar!
- É que me dói uma tristeza...
(...)
A guerra é uma cobra que usa os nossos próprios dentes para nos morder.
(...)
... eu e o meu passado dormimos em tempos alternados, um apeado enquanto o outro segue viagem.
(...)
Afinal, nasci num tempo em que o tempo não acontece!
(...)
Quem constrói a casa não é quem a ergueu mas quem nela mora.
(...)
... comidas (...) dos olhos salivarem na língua.
(...)
... ele que me levasse fora, ou aquilo ficaria matéria não de papo mas de sopapo.
(...)
Ter pátria é (...) saber que vale a pena chorar.
(...)
- Não gosto de pretos (...)
- Dos brancos?
- Também não (...)
- Eu gosto de homens que não tem raça.
(...)

in Terra Sonâmbula,
Mia Couto

02/12/06

291106

Tenho saudades de quando ia para Vairão, logo de manhã cedo, com a Raquel.
Criamos certas rotinas, e de repente elas acabam.
Levantava-me cedo. Saía de casa e andava uns 15 minutos a pé, até chegar a casa dela.
Era assim todas as manhãs.
Ainda me lembro da primeira manhã. Da primeira vez que a vi. Ou melhor, não era a primeira vez. Mas isso só vim a descobrir muito mais tarde.

Ao telefone tratei-a na terceira pessoa, porque achei que era uma “senhora”, alguém mais velho que eu.
Depois descobri nela uma menina! Não por ser, afinal, da minha idade, mas porque a acho mesmo menina. Angélica. E ao mesmo tempo rebelde!
E aí, tratei-a sempre por tu, obviamente.
Ela tratava-me por chavala!
Essa menina fazia-me rir, ouvia músicas super alternativas. Eu pelo menos não as ouvia em mais lado algum que não dentro do Lupo azul em que ela se sentava ao volante.
Aos poucos fui-me partilhando com ela.
Foi durante muito tempo a única junto de quem me sentia 100% à vontade. 100% eu.

- Chavala, queres uma pêra. Foi o Joaquim que trouxe da aldeia.

Sentia que com todos os outros havia sempre uma espécie de barreira.
Aos poucos essa barreira também se foi desvanecendo e consegui partilhar-me com todos aqueles outros. Fui-os descobrindo, conhecendo.

Tenho saudades daqueles 6 meses. Daquele dia-a-dia. Daquelas certas rotinas.
Havia a grávida, como eu lhe chamava. Não por força de expressão, mas por expressão da força que aquele bebé lhe impunha.
Achava muita piada à grávida. Sempre muito carinhosa, sempre sorridente.
Gostava de me meter com ela. Uma vez no campo, passou o dia a comer e a sentar-se para descansar. Eu só me ria. Era mesmo estado de grávida!
(Cê Soares, agora tens aí um Miguelito lindo!)

- Chavala, amanhã às 9 em minha casa.

Havia um Pedro. Havia muitos Pedros.
Um dos que costumava almoçar connosco (o Tarroso. Tínhamos de tratá-los pelos apelidos, senão nunca se sabia de qual falávamos) que dizia sempre algo que nos fazia rir a todos.
Um outro (o Moreira) também era super engraçado. Esse já o conhecia da Faculdade e já sabia que era assim. A risota pegada! O descalabro! Um dia começou a gozar comigo e com a Raquel por sermos do sul e chamarmos coito àquele sítio onde não nos podiam apanhar quando jogávamos à apanhada. No norte, chamavam casa ao coito, e caçadinhas à apanhada!
Em 27 anos de vida foi preciso vir esse Pedro para eu pensar no sentido de chamar coito àquele sítio. Ele dizia fazer mais sentido casa. Eu, continuo a preferir o coito!!

Havia ainda um outro Pedro (havia mais, mas estes três foram os de quem me aproximei mais) – o Ribeiro. No início entrava no laboratório e não me dizia nada. Nem bom-dia, nem boa-tarde. Nada. E eu que sou tão exigente com essa coisa a que chamam “uma questão de educação”.
Ficava possessa.
Chegava a comentar com a Diana (uma amiga). Ela dizia “Esse Mancha Branca é um antipático!”
Eu concordava.
Um dia, comecei a fazer-lhe muitas perguntas (faço sempre muitas perguntas). E foram exactamente para perceber quem eram todos os Pedros lá de Vairão.
Atrás das perguntas dos Pedros vieram muitas mais, e a partir daí acho que ele sentiu não ter hipótese. A partir daí começou a entrar no laboratório e a dizer-me bom-dia, boa-tarde, e até a meter-se comigo.
Com o tempo, passei a considerá-lo simpático!
A Diana continuava incrédula!
Mas eu dizia-lhe: - É verdade. Ele afinal é simpático. Estou-me sempre a rir com ele.
Nunca pensei vir a rir com ele, nas primeiras vezes. As pessoas revelam-se. Temos é de dar-lhes o espaço que necessitam.
É isto a partilha.
Provavelmente todos eles também tiveram impressões a meu respeito que depois mudaram. Tanto do mau para o bom, como do bom para o mau. É mesmo assim. Lugares-comuns.

- O Joaquim está em Lisboa este fim-de-semana.

Havia as Joanas – umas queridas. Ponto. Uma com medo de grilos, imagine-se. Outra com duas gémeas. Não sei o que é melhor!
Havia a Sílvia, com quem também foi gradual a aproximação, e o Congresso de Herpetologia, ajudou. Alguém (já não me lembro se ela) começou a dizer que éramos as “Migueletes” e ela a “Britete”! (devido aos nomes dos nossos orientadores). Foi de rir.
Numa das fotos que tiraram às “Migueletes” ela está em segundo plano, mas está lá! Tinha que estar.

Havia a Catá, como lhe chamava. Era a "Harriete", como se auto-chamava!
Passava o tempo a rir. Parecia que tinha feito uma diabrura qualquer. E eu não podia olhar para ela, que só me dava para rir também.
Assim como a "Britete", também ficou em segundo plano numa das fotos. Em segundo plano, mas lá! Com o seu riso!
Havia a Antigoni, o Miguel (obviamente o Miguel), a Xavier, o Zé Carlos Brito (obviamente o Brito), a Xaninha, o Harris (obviamente o Harris) e tantos, tantos outros.
Estes tantos outros com quem tinha havido uma espécie de barreira. Essa barreira que se foi desvanecendo. Esses tantos com quem me consegui partilhar, que fui descobrindo e conhecendo.

Depois de muita partilha, de muito ouvir falar do Joaquim, um dia fui a casa da Raquel e lá estava ele. O Joaquim. Reconheci-o automaticamente. Lembrava-me dele da Faculdade. Chegou a sentar-se ao meu lado nas aulas de Cristalografia.
Lembrei-me logo dele a sair da Faculdade, junto de uma menina angélica.
Olhei para a Raquel. Ri-me. Afinal eu já a tinha visto antes daquela “primeira vez” no Lupo azul.
A partir desse dia, havia duas Raquéis na minha cabeça. A do Joaquim e a minha. Tentava conjugar as duas, mas nem sempre conseguia. E quando conseguia era estranho.
Hoje olho uma foto do meu primeiro congresso de Herpetologia, e lá está a Raquel, a olhar para mim. A rir. No seu sorriso carinhoso. No seu sorriso de menina.
É essa a minha Raquel.

29/11/06

Se tivesse de escrever um texto para o Hélder o que sairia da tinta desta caneta? Ou de dentro de mim?
Um desconhecido que me faz rir, mas com quem não troco sorrisos; de quem não vejo 2 OLHOS POR DETRÁS DE 1 BIOMBO. De quem me chegam apenas fotografias. Poucas. As que ele se propõe a partilhar comigo. As que me PERMITE ver. Ainda não sei se por razões profissionais ou pessoais. Ou ambas. Ou nenhuma. Não tem de haver uma razão para tudo, pois não?
Dessas fotografias que caem no meu painel de fotos. Desse amigo do amigo de uma amiga. Esse amigo de uma amiga que faz questão que eu conheça: o Hélder.
- O Hélder também gostou deste bar. O Hélder também isto, o Hélder também aquilo.
- Tenho que te apresentar o Hélder.
E eu, não vejo razão para recusar.
Espero fazer um novo amigo.
Há muito tempo que não faço um amigo. Um amigo desses a sério.
Com quem se pode falar abertamente de tudo. Do intimo e do supérfluo.
Uma vez escrevi algo deste género para e sobre o Sérgio Marto. Ele foi e é um desses amigos a sério.
Tenho saudades dessa amizade.
Às vezes temos saudades dos nossos amigos. Mesmo quando eles estão sempre presentes.

Se tivesse de escrever um texto para o Hélder... sairia desta caneta que me apetece apenas ser sua amiga. Apenas não, porque quando se é amigo é-se muito. Não se é apenas.

17/11/06

está a ser escrito mais um texto no .evirgula e o Ricardo Lima será notificado assim que carla veríssimo clicar no ícon ali em baixo a laranja que diz Publish Post.
a ti, Lima, que já tens aquela carga do passado que tão bem escrveeste no papel do chocolate Lindt, na altura recém-chegado da Suiça!!
a ti, dizer apenas: Obrigada por existires! Está a ser bom re-conhecer-te!!
Apesar do popularismo (alguns amigos teus chamar-lhe-iam ser elitista :P); e de estares rodeado de gaijas (já disse à Ritinha para ter cuidado!!), és um bom menino e estás sempre pronto a ajudar os amigos! Isto parece um verso da Tele-Escola (sim, porque eu andei na Tele-Escola, e os meninos fizeram versos uns aos outros, não foi Sérgio Marto?!)
Como ia a dizer, isto parece coisa infantil, mas são coisas simples, como as da infância as que sinto quando estou contigo. é isso que nos transmites (ou pelo menos a mim). é aquela paz, a inocência, ...
como se te conhecesse desde sempre...

14/11/06

Há uns largos meses escrevi um texto que dizia:

Há olhares que nos marcam mais que certas palavras. Como os de 2 desconhecidos que se cruzam num autocarro.
Olhares que têm o mesmo destino e vêm de diferentes origens.
Olhares que não se olharão mais.
Talvez.
Olhares que se falam em pensamento. Que nos levam o lápis deambular na brancura de uma página.
Tenho vontade de sair do meu lugar e sentar-me ao lado daquele olhar.


A semana passada, num outro desses tantos lugares comuns, 2 desconhecidos voltam a cruzar os seus olhares. E aí escrevi:

A 2 OLHOS POR DETRÁS DE 1 BIOMBO

Entrei. Perguntei: - É por senhas?
Respondeu-me: - Como?
Refiz a pergunta: - É preciso tirar ticket?
Disse-me: - Não. É por ordem de chegada.
Perguntei: - A que horas é que isto fecha?
- Às 17.
Esperei um minuto. Nem isso, talvez.
Olhei para o relógio. Pensei: Ainda tenho tempo de ir tratar do outro cartão primeiro.
Saí.
Voltei a entrar faltavam uns 10 minutos para as 17.
Vinha apressada, a arfar. À minha frente lá continuava ele. Sorrimo-nos mutuamente.
Pensei: Este sorriso quer dizer: - Ainda conseguiu chegar a tempo!
Achei-o bonito. Os olhos, o sorriso… tudo.
Aguardei a minha vez. Pensei: Gostava de ser atendida por ele…
Entretanto, um colega fez-me sinal e chamou-me. Como o assunto não ficou esclarecido, pediu-me para aguardar até que uma outra pessoa fosse falar comigo.
Sentei-me. E cruzei o olhar com o “sorriso rasgado” (quando não sabemos o nome dos desconhecidos só podemos falamos do que nos marca). Senti cumplicidade…
Ele levantou-se. Foi a outra sala. Quando voltou, fitou-me de novo os 2 olhos, num sorriso rasgado. Retribuí.
Senti que aqueles olhos me despiam. Ali! Em frente a toda a gente.
Uma mulher chamou-me nesse instante para uma sala.
Voltei a vê-lo passar. Vi 2 olhos por detrás de 1 biombo a olhar novamente para mim. A sorrirem-me…
Souberam-me bem aqueles sorrisos.


Volto a escrever:


Há olhares que nos marcam mais que certas palavras. Como as de 2 desconhecidos que se cruzam…
Olhares que vêm de diferentes origens.
Olhares que não se olharão mais.
Talvez.
Olhares que se falam em pensamento. Que nos levam o lápis deambular na brancura de uma página.

Tive vontade de ficar lá…

09/11/06

Seria bom que todas as orientações fossem vistas com a mesma naturalidade e isso tem que começar nas pessoas com os tais “comportamentos desviantes”. Chega de auto-discriminação.
Os denominados heterossexuais também não vão desfilar para a avenida demonstrando qualquer tipo de orgulho. Isso constrói-se no dia-a-dia através de uma abordagem natural do tema. Sou contra a hipocrisia em torno do assunto.
Não precisam levantar bandeiras nem tão-pouco tapar a cara com elas.
Paula Garcia, Lisboa

30/10/06

America - Razorlight

What a drag it is
The shape i'm in
Well I go out somewhere
Then I come home again
I light a cigarette
'Cause I can't get no sleep
Theres nothing on the TV nothing on the radio
That means that much to me
All my life
Watching America
All my life
There's panic in America
Oh Oh Oh, Oh
There's trouble in America
Oh Oh Oh, Oh
Yesterday was easy
Happiness came and went
I got the movie script
But I don't know what it meant
I light a cigarette
'Cause I can't get no sleep
Theres nothing on the TV nothing on the radio
That means that much to me
Theres nothing on the TV nothing on the radio
That I can believe in
All my life
Watching America
All my life
There's panic in America
Oh Oh Oh, Oh
There's trouble in America
Oh Oh Oh, Oh
There's panic in America
Oh Oh Oh, Oh
Yesterday was easy
Yes I got the news
When you get it straight, but stand up you just can't lose
Give you my confidence, all my faith in life
Dont stand me up
Don't let me down
I need you tonight
To hold me, say you'll be here
To hold me, say you'll be here
To hold me, say you'll be here
To hold..
All my life
Watching America
All my life
There's panic in America
Oh Oh Oh, Oh
She's just in America
Oh Oh Oh, Oh
Tell me how does it feel
Tell me how does it feel
Tell me how does it feel
Tell me how does it feel

29/10/06

Ao Miguel Brito

01.04.2002
Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? PORQUÊ? PORQUÊ? PORQUÊ? PORQUÊ? PORQUÊ? PORQUÊ? PORQUÊ? PORQUÊ? PORQUÊ? PORQUÊ? PORQUÊ? PORQUÊ?

Isto não são várias formas de escrever porquê.
Isto é: Porquê???????



porquê eu?

23/10/06

Carla Alexandra Vitorino Veríssimo
esta sequência com que me identifico; à qual viro a cabeça ao ouvir pronunciar num qualquer lado.
E se eu fosse a mesma com outra sequência?
E se eu fosse a mesma com outros gostos, outra família, outros amigos?
E se eu fosse a mesma?
Só assim: ser a mesma.
O que é afinal ser ser?
O que é o mesmo?/O que é o mesmo.
E se?
E se eu fosse a mesma com outras roupas? Outras atitudes?
E se eu fosse a mesma sem esta escrita?
E se eu fosse outra sendo a mesma?
e se eu não fosse????
Alguém assimilava o Mundo por mim?
Alguém quebrava as vértebras num abraço forte até ouvir estalar tudo lá dentro?
e quando eu já não for e o Mundo continuar cá a ser??
É esta a escrita do dia de hoje. É com isto que quero que me identifiquem. Com aquilo a que eu própria me proponho virar a cabeça ao ouvir pronunciar num qualquer lado.
É esta aminha sequência: palavras deixadas a um Mundo que permanecerá quando eu partir.
É isto eu: Carla Alexandra Vitorino Veríssimo

08/09/06

Tributo a Luís Represas

Bem!!! Soube hoje de algumas novidades, e estou em pulgas!!!
Sempre tive um encanto especial pelo Luís Represas... em muitas viagens que faço lembro-me dele.
Imagino-o no carro, também a viajar, com a Margarida ao lado e os meninos no banco de trás. Ligam o rádio e no meio das mil canções em inglês lá aparece a voz dele, e a família toda a cantar a música do marido e do pai!!
Deve ser giro. Imaginava assim a vida do ponto de vista dos cantores! Aliás, eu sempre disse que se não fosse bióloga (como a cunhada dele, aliás!) seria cantora, para que reconhecessem e apreciassem o meu trabalho. Teria gostado de partilhar a minha voz com outras vozes. Como nasci com voz, mas não para cantar, dedico-me aos bichos, que é como quem diz, o canto da Natureza. Nos entretantos da Biologia, gosto de escrever, o que é uma forma de partilhar a minha escrita com outras gentes. E assim tenho letras, não de uma canção, mas daquilo com que espero en-cantar outras vozes, nesta música das palavras, que pode ser cantada pela voz dos teus olhos!
Conclusão, pensar no Luís era ver a vida de outra forma!E como disse a Jacinta, “no Luís há humildade, até na música”!!Eu só tenho a acrescentar: E é amar-te assim, perdidamente... (aliás, também adorei sempre Florbela Espanca, e poder ouvi-la na voz humilde de um Senhor... é simplesmente: genial!)Uma vez fui ver um concerto do Luís, em Pombal. Ainda me lembro da forma como ele entoou o nome dos restantes músicos, nomeadamente aquele: “Ernesto Leite” !!
Um bem-haja, Luís!

23/07/06

Quem és tu, afinal?
O que queres de mim?
Porque estou aqui, se não falamos?
Magoa-me “isto”…
E “isto” que são coisas estúpidas…
Mas passa-te tudo ao lado, não é??
Porque não te deixas magoar pelo “isto”?
És capaz, ao menos, de pedir desculpa?
Parece que estou numa ilha de pinguins… e tu lá ao fundo, frio como eles… inalcançável…
Tento pintar um desenho sem sair fora das margens… é quase tão difícil como ir à praia e não ficar cheio de areia.
Quem és tu afinal?
Pinta-me a tua resposta num desenho e fica comigo na praia.

18/07/06

Fábulas de la Veríssimo

Era uma vez uma menina que ia passar o fim de semana fora de casa. Como estava muito calor e ela cuidava de "largatixas" (como ouvira alguém dizer), pediu a uma amiga (2006, Lemos, Diana de Castro) para lhe dar de beber às lagartixas.
A amiga lá foi cumprir a sua missão, e no decurso do trabalho, ao abrir a porta de um terrário, houve uma lagartixa que autotomizou a cauda. Cauda para um lado, bicha para outro, e Diana não sabia o que fazer...
Resolveu deixar "quéta" a cauda dentro do terrário.
A menina veio na segunda-feira e retomou os estudos, sem reparar em cauda solta dentro dos terrários. A amiga disse-lhe o que tinha acontecido e a menina ficou muito admirada porque não vira cauda nenhuma. Remexeu a areia toda do terrário e nada. Concluíu que a "largatixa" devia ter comido a própria cauda, mas continuava admirada, pois nunca tinha ouvido falar de semelhante coisa!
Confirmou a possibilidade de tal comportamnto com peritos na matéria e disseram-lhe que, em terrário, isso já aconteceu mais vezes.

Moral da história: Nunca deixe a cauda para trás!!!
nem coma a própria "largatixa"!!!!

23/06/06

Basicamente é inadmissível ter que ouvir samba brasileiro nuam noite tão portuguesa (de Portugal) como é o S. João do Porto, carago!!!

08/06/06

A minha alma - Maria Rita

A minha alma tá armada
E apontada para a cara
Do sossego
Pois paz sem voz
Paz sem voz
Não é paz é medo,
Às vezes eu falo com a vida
Às vezes é ela quem diz
Qual a paz que eu não quero
Conservar para tentar ser feliz

As grades do condomínio
São para trazer proteção
Mas também trazem a dúvida
Se é você que está nessa prisão
Me abrace e me dê um beijo
Faça um filho comigo
Mas não me deixe sentar
Na poltrona no dia de domingo

Procurando novas drogas
De aluguel nesse vídeo
Coagido é pela paz
Que eu não quero
Seguir admitindo

Às vezes eu falo com a vida
Às vezes é ela quem diz
Qual a paz que eu não quero
Conservar para tentar ser feliz

07/06/06

Sessão de Abertura

... a comentários lascivos, carinhosos, frondosos, descontraídos, discretos, cordiais, atrevidos, intensos, férteis, poéticos, and so on!!

05/06/06

Qual de nós pode, voltando-se no caminho onde não há regresso, dizer que o seguiu como o devia ter seguido?
O livro do desassossego, Fernando Pessoa

15/05/06

''Sou fã. Volta, por favor.'' LG


pois... não sei quem é LG (Luís Guapo, será?!) mas peço desculpa esta ausência.. A única desculpa que tenho é pedir desculpa por pedir desculpa!! Já que as desculpas não se pedem: evitam-se!!

de qualquer forma, ser finalista de Biologia não é fácil (e tu Guapo, sabe-lo tão bem quanto eu!!) e estagiar ao mesmo tempo com lagartixas exige dedicação!!

de qualquer forma: obrigado por (continuares) continuarem aí!

30/03/06

Nesta cidade onde os pastéis de bacalhau são bolinhos de bacalhau; onde as passas de figo são figos de ceira; onde um mongo é um trengo; onde um alguidar é uma bacia; onde um café é um cimbalino; onde o nome é nôme; ... onde...

31/01/06

; continua à venda. Encomendas através de cavverissimo@gmail.com

15/11/05

O Homem do Sorriso Estúpido volta a atacar. Pior, desta vez não está sozinho!

estamos sentados... a porta parece-me tão longe... e ao memso tempo bordeaux... bordeaux tal como o vinho que percorre as nossas veias infinitas desde a unhaca mai longíqua do mei pé até ao mais estratosférico dos meus longos cabelos... bordeaux... onde jogara Pauleta tal açor voando como uma águia sobre um ninho de cucos... um galinheiro de pintos... Vejo 2 luzes... será amor? mal era se visse só uma... aquela ao fundo do túnel... foge dessa luz, podes ficar cum esquentamento! (onde é keu ia?)... Ah! A porta a meio caminho me parece agora... lá está... e eu não estive lá! mas e se o cuco vier um dia a chocar contra a porta bordeaux? Ficará com uma b=u=b=a=d=e=i=r=a????????? Pensamos k sim...A porta está próxima e o teclado mais longe... será k continuo a escrever? a escrever continuarei longe da porta mas perto do perto do mais perto da perteza. E da longe continuo a ver duas luzes, as luzes kalumeiam o comboio da vida... k apeadeiro será este? será k saio? será k fico? neste túnel k n nos deixa ver a luz..

cerejo, elias e rita

29/09/05

Tu, nos vários eus

Um sonho deixado para trás, num bailado a preto e branco.
Uma boneca sem vida.
Um corpo descoreografado.
Um ombro que segura. Uma cabeça de olhos fechados.
Farrapos num palco sem luz.
A pairar numa cadeira invisível.
De pernas dobradas e fita no cabelo.
Essa testa...
Esse olhar doce sob as pálpebras.
Uma menina ainda.
"Dança-te" da cadeira!
Sonha. Deixa. Vive. Segura. Olha. Fecha. Brilha. Levita. Dobra. Testa.
"Lança" com as pontas que tens nos pés!

28/09/05

Na noite do lançamento, vim a saber que a aliança que ele usava no dedo, está agora no dedo dela...

25/08/05

Carla, tenho uma notícia triste. O Tó faleceu.

Esta frase lateja na minha cabeça. Custa-me acreditar. Não aceito.
É verdade..., ouço ainda do outro lado.
...
E ouço também a voz dele a chamar o nome dela; relembro a sua cara, os olhos, os gestos, o andar...
Tinha uns olhos bonitos. Pareciam sorrir.
Lembro-me do cigarro entre os dedos, do espaço de trabalho, daquela noite com os amigos; e da voz, novamente da voz...
E do sorriso. (Nos olhos)
Aquela vida. Aquela energia, a felicidade, os projectos...

Pergunto-me onde está a aliança que ele usava no dedo? O que irá ela fazer às roupas dele, aos objectos... às bancas de trabalhos?
Relembro a conversa que tivemos enquanto ele retocava uma prótese. Usava uns instrumentos cortantes e tão minúsculos, e como agarrava o dente com os dedos, perguntei-lhe: Não te costumas cortar?
Respondeu-me ''às vezes''.
Entretanto fui ajudá-la no jantar e quando ele entrou na cozinha, disse-me ''olha, tavas a perguntar se nunca me cortava, e assim que saíste cortei-me!!''.
Ri-me.

Recordo o seu entusiasmo ao explicar-me as mudanças que iam fazer na sala de estar.
Revivo aquela manhã em que desci as escadas para me despedir dele...
Entrei para o carro dela e ele ficou no pátio a pedir ao cão que se calasse.


Estamos a tentar gerir a nossa vida, de forma a que o Tó se orgulhe de nós, diz-me ela, passadas duas semanas.
Fico novamente pensativa...
Penso nos filhos deles, no que poderão sentir; nela...
nos projectos que ficaram para trás; no futuro que poderiam construir...

Ainda não consigo acreditar que escrevo este texto para ele...
NÃO! Para o Tó, não!
Por outro lado, sinto-o vivo, quando o faço.
Que assim seja, então!
Que vivas em cada letra destas palavras. ETERNAMENTE.


(Mais tarde vim a saber, que as roupas continuam no armário, como se ele tivesse ido, simplesmente, viajar...
Que não viu como ficou bonita a sala de estar, no fim das mudanças...
Que decidiu dar o cão a alguém que o levasse a caçar...)

Nunca imaginei que aquele olhar do lado de fora da janela do carro, fosse o último que lhe via... que me tinha literalmente despedido dele... para sempre...
...
Sinto os dias como mensagens, mas a da morte é tão escura como a noite... por isso não a consigo ler...

Tudo se evaporou como o fumo de um cigarro...

01/08/05

Porto: una ciudad invisible (es la forma de definir a la ciudad ideal), Ferny

Chaves: uma cidade boazinha (uma espécie de adolescente envergonhada), José Cardoso

22/07/05

o que foi feito das fotos que tiraste comigo?

porquê, estás com saudades?! nostalgia?!

não gosto de perder pedaços da minha vida.
tu és um pedaço dela, todas as pessoas que conheço vão-me influenciando e tu foste uma delas. não é por não falar muito contigo que te esqueço. Há espaço para toda a gente boa que passa e passou na minha vida.
e lembro desse dia, em especial , porque gostei.


as pessoas vão-nos entrando na vida, mudando, marcando e portanto são parte de nós. é impossível esquecê-las. e também gosto de abrir a caixinha e ver que continuam lá, por mais que nem sempre possa falar com elas.

Co-produção: Nuno Pássaro & Carla Veríssimo

20/07/05

Prioridades:
carreira
orgulho
amor
família
dinheiro

personalidade: fiel
companheiro: amoroso (mas ainda não sei onde está...)
inimigos: esquivos
sexo: forte
selvagem - a minha própria vida

11/07/05

Veríssima

Todo o prazer. Metade do gás.

01/05/05

A quantas ando?
Na memória de uma imagem, à espera da Lua.
E tu não estás aqui.
Dizem que há vida lá no Além. Já não creio em nada.
Dia da tentação, peixinhos e bolas de sabão.
Não digas que não te avisei.
Estrela com nome de gente, o que é que tu tens?
Sorrio apenas.
Agora sou eu (finalmente minha).
E já estás no meu mapa.

Adaptado de Filipa Pais e José Peixoto

30/04/05

(...) Se temos de morrer, que sentido tem a vida?
Cada Homem que nasce deve redescobrir o sentido desta pergunta. E descobri-lo não significa tornarmo-nos donos de qualquer coisa, mas libertarmo-nos...
(...) Existir é uma loucura. Eu sou uma loucura. (...) Tentei convencer quem estava junto de mim de que o vazio estava cheio (...)
Foi nesse momento que iniciei de facto o meu caminho. O momento em que fiquei totalmente nu, totalmente inerme, totalmente sem voz.
Agora todos os dias me levanto e vou à janela e sei que esse dia poderá ser o último. Em mim, já não há medo ou sensação de vazio, o que há é a agitação um tanto adolescente de quem espera pelo primeiro encontro com o namorado.
(...) Ouço respirar aqueles que nascem e aqueles que partem, como um grande concerto entoado pelo vento. (...) Entre o céu e a terra há uma permuta contínua. (...)
... a abelha precisa da flor. Mas a flor, para existir, também precisa da abelha. Estamos todos ligados num abraço invisível. (...)

O bosque em chamas, Susanna Tamaro

15/04/05

Pontes vs Sonhos

Perfeição vs ImPeRfeIçãO
Homogéneo vs Heterogéneo
Branco vs Negro
Dar vs Receber
GRANDE vs pequeno
Subtileza vs Objectividade
Cara vs Coroa
Altura vs Largura
Suavidade vs Rugosidade
Visível vs
Direito vs Torto
Baço vs Brilho
Redondo vs Afilado
Real vs Magia
Verso vs Inverso

23/02/05

Obstáculos - Jorge Bucay

Voy andando por un sendero.
Dejo que mis pies me lleven.
Mis ojos se posan en los árboles, en los pájaros, en las piedras. En el horizonte se recorte la silueta de una ciudad. Agudizo la mirada para distinguirla bien. Siento que la ciudad me atrae.
Sin saber cómo, me doy cuenta de que en esta ciudad puedo encontrar todo lo que deseo. Todas mis metas, mis objetivos y mis logros. Mis ambiciones y mis sueños están en esta ciudad. Lo que quiero conseguir, lo que necesito, lo que más me gustaría ser, aquello a lo cual aspiro, o que intento, por lo que trabajo, lo que siempre ambicioné, aquello que sería el mayor de mis éxitos.
Me imagino que todo eso está en esa ciudad. Sin dudar, empiezo a caminar hacia ella. A poco de andar, el sendero se hace cuesta arriba. Me canso un poco, pero no me importa.
Sigo. Diviso una sombra negra, más adelante, en el camino. Al acercarme, veo que una enorme zanja me impide mi paso. Temo... dudo.
Me enoja que mi meta no pueda conseguirse fácilmente. De todas maneras decido saltar la zanja. Retrocedo, tomo impulso y salto... Consigo pasarla. Me repongo y sigo caminando.
Unos metros más adelante, aparece otra zanja. Vuelvo a tomar carrera y también la salto. Corro hacia la ciudad: el camino parece despejado. Me sorprende un abismo que detiene mi camino. Me detengo. Imposible saltarlo
Veo que a un costado hay maderas, clavos y herramientas. Me doy cuenta de que está allí para construir un puente. Nunca he sido hábil con mis manos... Pienso en renunciar. Miro la meta que deseo... y resisto.
Empiezo a construir el puente. Pasan horas, o días, o meses. El puente está hecho. Emocionado, lo cruzo. Y al llegar al otro lado... descubro el muro. Un gigantesco muro frío y húmedo rodea la ciudad de mis sueños...
Me siento abatido... Busco la manera de esquivarlo. No hay caso. Debo escalarlo. La ciudad está tan cerca... No dejaré que el muro impida mi paso.
Me propongo trepar. Descanso unos minutos y tomo aire... De pronto veo, a un costado del camino un niño que me mira como si me conociera. Me sonríe con complicidad.
Me recuerda a mí mismo... cuando era niño.
Quizás por eso, me animo a expresar en voz alta mi queja: -¿Por qué tantos obstáculos entre mi objetivo y yo?
El niño se encoge de hombros y me contesta: -¿Por qué me lo preguntas a mí?

Los obstáculos no estaban antes de que tú llegaras... Los obstáculos los trajiste tú.

31/01/05

o melhor da vida

um abraço.
volto a dizer.
porque o abraço não cobra nada... dá-se por instinto, vontade própria... sei lá... (Marisa Marques)

06/12/04

A cilada destina-se, por direito, aos iniciados. Transposto o primeiro bosque, a formação das sombras desenha o rigor imposto pelo medo.

A cilada destina-se, por definição aos incautos, transposto o primeiro bosque, a formação das sombras determina o terror disfarçado com o pasmo.

Julião Sarmento - Estratégias de Sobrevivência

22/11/04

Tributo a Irma e Adolfo

Las aves emigran a otros lugares para después volver al punto de partida. Durante ese trayecto de ida y vuelta estoy segura que ellas van recogiendo recuerdos, objectos, renovaciones...
Y siempre será así, cada lugar tiene su olor, su recuerdo, su gente...
Por eso las despedidas deben ser hasta luegos, son lapsos de tiempo que en ocasiones frutifican los corazones, los aune más fuertemente.
Ahora nos guardaremos en una cajita el recuerdo de estos días, de estos meses y sobretodo cada vez que la volvamos a abrir nos sentisemos felices por poder guardarlos ahí dentro, por conocer a esta gente, a este país y este lugar...
Yo también te llevaré en mi recuerdo mi ''pequenhina'' loira, y en mi corazón. Y seré feliz cuando te vea siempre sonreir.
Irma, Junio 2001


Foram estas as tuas palavras; e hoje, passados três anos, tu e o Adolfo surpreendem-me com uma caixa cheia de recordações, objectos, cheiros, gentes, dias, meses, lugares... Musica del otro lado del Muro...
Podes ser feliz, porque hoje vês-me sorrir;
porque hoje, quando não esperava nada, recebi (literalmente) Nada, esse livro de Carmen Laforet;
porque sempre adorei surpresas, e hoje tive uma;
porque a caixa me fez realmente recordar aqueles momentos convosco...
porque também já vos tinha presenteado com uma caixa...
porque nunca esquecerei NADA
e porque um dia escrevi: La vida está llena de círculos, de casualidades, y ahí se encuentra la felicidad. ?Sientes la batida de tú corazón? Contesta sus pedidos, camina con el.
!Valiente! Salta por la ventana, vola entre las nubes. Siempre hay un sol que luce en el horizonte.
Encuentra tu bosque, y en el erige tú casa.

é assim que me sinto. Obrigado!
Amo-vos!

17/11/04

gosto de ti.
mas isso não prova nada. quero provas!!
que tipo de provas?
palpáveis... e boas!
o que são para ti provas palpáveis?
hum... tu sabes! afinal, foste tu que, há pouco, disse saber muito bem o que penso...
mas isso são meros pensamentos, e entendo que as provas sejam sentimentos, por isso pergunto: o que são para ti provas/sentimentos palpáveis?
os sentimentos não são palpáveis...
os sentimentos sentem-se!
mas quando se sentem com força, isso nota-se, ou seja, de certo modo tornam-se palpáveis.
Palpáveis em gestos, atitudes, olhares, toques, diálogos... e os tão curriqueiros beijos e abraços, que acabam por perder força no meio destas provas/sentimentos palpáveis!

Co-produção: Carlita e Carlitos

24/10/04

Lembras-te de quando brincávamos nos muros da escola? De quando cheirava a terra molhada? Hoje está um dia desses, um dia paz. Escuto os passaritos chilrear, relembro os nossos risinhos inocentes. A vida já era tão complexa naquela altura, mas foram precisos alguns anos para nos apercebermos disso. Como será daqui a alguns anos? Espero continuar a ver abelhas nas flores e lagartixas nos muros da escola. A ter terra, a ouvir passaritos e risinhos inocentes, e finalmente a percebermos disso...

lembro, também eu consigo agora ver de perto a complexidade do sopro da vida! E, enquanto crianças o nosso sorriso nunca passou de ignorância, pois agora, só agora abri os olhos......

a infância de Carla Veríssimo e Raquel Sousa... há 25 anos...

22/10/04

Crónica na Rodoviária

Sexta-feira. 22. Outubro. 2004
Enquanto esperava para comprar o bilhete para o Expresso das 16.30 para Leiria, vem um casal de velhinhos pedir uma esmola.
Ela cega. Os dois de braço dado.
Ela: - Dê uma esmola, por amor de Deus.
Farta desta sociedade que leva uma vida fácil, à custa de esmolas, deste sistema que não muda, respondo-lhe: - Não acredito em Deus.
Ela desata a gritar: - O que é que a menina tá a dizer? Não acredita em Deus? Ó menina!! Deus existe sim senhor!! DEUS EXISTE!!
Eu: - Se Deus existisse, a senhora não precisava de andar aí a pedir esmola!!
Ela: - A MENINA NEM DIGA UMA COISA DESSAS!! DEUS EXISTE SIM SENHORA!! A MENINA DEVIA IR PÓ INFERNO!!
... ...
Eu... já nem lhe respondi, que não ia para o Inferno, mas sim para Leiria...
Eu... já nem lhe perguntei se ela já viu Deus, para ter tanta certeza que ELE EXISTE...

21/10/04

um ano de ;

., ponto e vírgula . e , ;


lembro-me de ouvir rumores... de fazer o meu ninho... de escrever, escrever, escrever...
lembro-me de me prender à janela dos comboios; simples!
do teu sorriso estúpido :)
de ouvir a tua voz... de quando não me ouvias...
de escrever a dois... de desligar
lembro-me do melhor da vida Noutras folhas...
lembro-me de vós, de ti, de ter saudades, lembro-me da minha infância...
dos lápis... de carvão, de cera... do prazer...
de criar o meu mundo sozinha... de ser este o meu refúgio.
lembro a subtileza que ficou por escrever, o vício dos dedos, as vivências paralelas, os amigos...
a mana... a mãe... aquele bailado a preto e branco, Andreia... aquele Joãozinho das Flores, mamã...
ponto. por agora

18/10/04

Disseste ainda bem que voltaste...

12/10/04

um bule de chá. um lápis de carvão e uma pequena folha de papel.
BREVEs mesaS.
cruzas as pernas em cima desses breveS.
usas umas sapatilhas pretas de tiras vermelhas...

10/10/04

fizeram-me um dia um pedido de desculpas... mas o melhor era terem-me feito literalmente... e no fazer englobo tanto a ejecção, como a injecção da matéria do mundo; da cumplicidade; dos sonhos; da liberdade; ... em suma: daquilo que somos feitos. Sem desculpas, sem pedidos, apenas com o melhor de nós a querer vingar...

09/10/04

elas fodem... e depois fodem-se!!

eles vêm-se... e depois vão-se!!

Ass.: Cem.sem

01/10/04

a cabeça da Terra; o verde prateado e a marca de cada habitante;

os parafusos que faltam nesta desconexão total;

O QUE SÃO AS PESSOAS?

deixo algumas marcas no teu livro...
talvez em troca das que me deixaste na alma...

rasgo ideias velhas; escritos soltos nas páginas ainda guardadas...

jogo-os no lixo.

sinto cada espaço que gosto como se fosse a minha própria casa.

Pinta-me uma tela!

com os dedos que agilmente serpenteiam as cordas de uma guitarra.


as pessoas são sorrisos que desaparecem um dia.
são eternas, entre as que continuam aqui.

uma fogueira que afinal nem sempre aquece

vidas q u e b r a d a s
vidros e s t i l h a ç a d o s
no meio destas paredes sujas
vivas no meio dos mortos.

regresso religiosamente à minha manta de retalhos. a este meu mundo sem nome



30/09/04

Dizem que o coração é do tamanho do nosso punho fechado; se o abrisse tanta coisa fugia!

Segundo Livro de Crónicas, António Lobob Antunes

23/09/04

PRECISO DE ESPAÇO!!
DEIXEM-ME RESPIRAR!

QUERO LIBERDADE!!!!!!!!!!

22/09/04

venho aqui... sem papéis na mão, sem concepções prévias, sem nada...
dar um pouco de mim... deixar saudades... ter tempo, num lugar sem (es)paços, no vício dos dedos... que agora não são só três, que agora não têm lápis de carvão...
venho saber de vós... que são também já este pouco de mim; venho, venho, venho...
e vou.
e tenho.
e deixo.
e dou.
e... vim aqui... sem papéis na mão, sem concepções prévias, sem nada...
ter um muito de mim...

30/08/04

adoro

quando a minha mãe me chama Carlinha;
a minha irmã me chama Manoca;
a Isabel, Carlita;
a Kátia, Loira;
a Maria Joana, Carlacoleta;
a Di me chama Veri;
a Bárbara, Carlovsky;
a Aninhas ou a Paulinha, Carlota;
o Cerejo, Gema d'Ovo;
o Ricardo, Veríssima;
o Guapo, Vitorina;
o Cláudio, Juba;
quando alguém me chama Linda;

26/08/04

a discórdia e a perfeição
o prazer da cor, da cera de ti
de mim
vício
resquícios de tempo dentro do vagar das horas vagas

25/08/04

[a ver]

Tasogare Seibei (2002) a.k.a. Twilight Samurai a.k.a. A Sombra do Samurai

Sinopse

Seibei Iguchi, um samurai de classe baixa, leva uma vida sem glória no Japão do século XIX. Viúvo, com duas filhas e uma mãe senil, ele tem assim de trabalhar e aceitar o que a vida de lhe dá para sobreviver. Mas a vida deste homem vai mudar quando Tomoe, um amor de longa data, se divorcia do brutal marido.
Elenco: Hiroyuki Sanada, Rie Miyazawa, Nenji Kobayashi
Realizado por Yoji Yamada
Critica: Baseado no best-seller de Shuhei Fujisawa, "Tasogare Seibei" segue a história da vida de um samurai de baixo escalão e das suas dificuldades num Japão prestes a sofrer grandes transformações. Estamos no final do período Edo (Tokugawa) e a entrar na era Meiji. Numa pequena localidade perto de Edo (agora conhecido como Tóquio), Iguchi é um samurai com bastantes problemas na vida. A sua mulher faleceu à pouco tempo, a mãe está senil e ainda tem o problema de ter de criar duas filhas com o escasso dinheiro que possui. É devido a estes constragimentos que ele ganha a alcunha de Tasogare (Twilight), pois enquanto os seus colegas depois do trabalho se juntam para beber um copo, ou algo parecido, Iguchi vai para casa, que nem uma flecha, cuidar da sua família e do seu sustento.
A condição humana de Iguchi quase não permite que exista uma separação da chamada “plebe”, e várias vezes ele é confrontado pelo conselho do clã.
O facto de dever dinheiro a quase toda a gente também não é esquecido e existe um certo conformismo geral que Iguchi é um homem em nítida “queda” social e economica, apesar de trabalhar muito.
As personagens são tremendamente humanas, repletas de sentimentos, de estados de espírito e de segredos que se recusam (por palavras) a partilhar. Depois somos ainda confrontados com a vertente social e política dos clãs japoneses, sendo assim ensinados sobre as suas hierarquias e as dificuldades que estavam a ser atravessadas neste momento da história. Teremos ainda espaço para o romance, acção e mesmo comédia, ainda que de forma suave e sempre bem trabalhados num argumento sólido e que não se perde em ninharias. Os diálogos entre as demais personagens são repletos de significado, bem ricos e com uma nítida força humanista que nos atrai imediatamente.

20/08/04

... voltei... depois de umas férias... depois de Sintra, depois de risos, de lágrimas, de queijadinhas, de travesseiros, daquela ginginha..., de confusões, de visitas, da minha mãe, da Andreia, do Alentejo, da seca, de Leiria, do meu aniversário, dos presentes (que amei), dos amigos, das noites, dos livros, dos filmes, dos gatos, do jardim, ...

14/07/04

o melhor da vida

§ um abraço;

# uma boa conversa;

* um beijinho;

} segredarem-me ao ouvido;

;) uma troca de olhares;

| a subtileza;

... o que fica por dizer...

10/07/04

às vezes acordo a meio da noite a pensar que um dia vou estar morta; que já terei desaparecido para sempre; que já não vou sentir nada disto que me rodeia; que já não vou viver!; e grito para dentro que NÃO QUERO; e grito: PORQUÊ; porque tem de ser asim??
assim como ela 'não sei e não consigo lidar com a morte'.

09/07/04

fui ver o Shrek 2 e o que aconteceu depois disso só pode ser a continuação do filme; ainda não sei é qual é a parte para rir...
o meu cartão multibanco foi comido pela máquina; encontrei quem não era suposto; saí dali; ia sendo comida por um cão... o meu telemóvel não dá para fazer chamadas (e tenho saldo!); mas de resto: estou sem dinheiro, e a dever ao pessoal... Mas fui a um bar; pedi desesperadamente que me deixassem ficar um pouco, mesmo sem consumir... e estou consumida e também já comia... aquele pêssego ao jantar não chega.
Decidi regressar a casa (de onde talvez, não devesse ter saído)... encontro outro cão... mas este era pequeno, e acho que estava assustado, como eu. Enquanto falava contigo ao telemóvel (sim, porque de repente já funcionava) sinto que estou a ser seguida... viro-me para trás e vejo uns olhos esbugalhados, que me fazem estremecer... felizmente estavas do outro lado... o pior é que se aquele homem decidisse que eu era comida para ele... esse teu outro lada estaria longe demais... Felizmente, ele ia tão cego, que passou por mim rapidamente... De resto, apercebi-me hoje que depois de quase uma hora a falar contigo, o meu saldo continua igual... será caso para dizer: venham mais noites assim?
Burro, onde estás para me salvar? Sim, 'a sério, a sério'...
Aninhas, percebeste?? Acho que tenho uma má notícia... os rios de € que te devo... só 2ª feira... e se este filme tiver um final feliz...
Achas que devia tomar alguma poção?? Ou primeiro devia tentar ser uma Princesa?!

08/07/04

perguntaram-me porque é que aquela série da 2: tem uma bolinha vermelha no canto superior direito... pensei em responder: porque tem cenas eventualmente chocantes, porque fala de homossexualidade, Sida, hipocrisia, amor, traição... porque tem expressões fortes, como algo do género: "a pila revestida a latéx que esteve dentro de mim, passou pela boca daquele gajo"; o que pode ser agressivo às mentes mais sensíveis; ou "Se tudo o que Ele tem para oferecer é a morte, devia ser processado. Como se foi embora, como se atreveu?" ... uma série onde aprendemos que nada se perde para sempre, mas no fim: viramos 3 moléculas de ozono...
pensei que a resposta era de caras, mas fiquei a mastigar a pergunta... e concluo que não concordo nada com aquela bolinha; afinal, se todos estes temas estão cada vez mais entre nós, se é tão normal a homossexualidade, por exemplo, porquê a bolinha??
Será admitir que há uma diferença?
Que ainda há uma diferença?
E meus amigos: não há diferença nenhuma!
Há SENTIMENTO.
Que importa que seja entre dois homens, duas mulheres, ou um homem e uma mulher??
Se entre eles houver amor, não importa mais nada!
Não importa fazer Manifestações, nem Festas, nem Dia do Orgulho Gay!
Se entre ELES, houver amor : Importa não terem uma bolinha vermelha no canto superior direito!!!

07/07/04

~ ~ ~ uma formiga ~ amizade ~ força ~ ensinamentos ~ palavras soltas à tona da àgua ~ determinação ~ peixe ~ risos ~ num rio com pedras ~ nesta cidade ~ coragem ~ numa estatística inigualável ~ nos sabores e saberes das gentes ~ num barco deambulante ~ nesse interior longínquo ~ ~ ~

Porque é esta a nossa arte de ficarmos mais sábios...

Porque um dia li: "Um professor afecta a eternidade; nunca consegue saber onde acaba a sua influência" (Henry Adams)

05/07/04

10.1.04

... só ficou conhecida nas notícias de última hora de um canal qualquer... de todos os canais...: "Mulher dispara o gatilho sobre si mesma"; "Toxicodependente põe fim à vida"; "Estudante desesperada, decide morrer"...

01/07/04

Moby Dick...
alguma vez este livro haveria de chegar às minhas mãos...
Mãos... o que se faz com elas... (?)
Se não tivesse lido El Mundo del Fin del Mundo, de Luis Sepúlveda; se não tivesse tudo aquilo que tive até esse dia...
Se não te tivesse conhecido; se não tivesse conhecido tudo aquilo que conheci até esse dia...
A ti, obrigada; à minha vida, em si mesma, não sei que dizer...
alguma vez eu haveria de vir parar a esta vida...