rescaldo da noite: muita martelada na cabeça, algum alho porro no nariz alho-porro, sardinha assada a 0.40 cêntimos (sim 0.40!), cerveja a 0.60, broa de Avintes e pimento assado à descrição, mesas tortas sobre a calçada, muita música pimba e gente para dançar... até houve briga da feia entre dois homens, porque um deles queria dançar comigo... só visto...
visto... muito mal o fogo de artifício, que começou fora de horas e desapareceu por tempos intermináveis...
esta noite não teve Ribeira, nem o baile de Miragaia... que é o melhor... não teve Martino a dançar...; mas teve Isabel (tem sempre Isabel), Maria Joana, Gustávio, Rita, Kátia, Filipe de Portugal (que é da Madeira)... as migas Rita e Jacinta, pela sua primeira vez no S. João, carago!!
teve um homem a masturbar-se no meio da rua... teve bailes... teve os Clérigos de vermelho e verde...
estive cá...
Carla Veríssimo cria site para se dar a conhecer e ao seu trabalho.
Carla Veríssimo cria site para se dar a conhecer e ao seu trabalho| http://cavverissimo.wix.com/carlaverissimo
24/06/04
23/06/04
22/06/04
16/06/04
nos blogs, há um aniversariante, e continua a haver um espaço reservado aos vossos comentários... em v;rgulas... será que não tenho amigos...? sim, isto é um apelo ao "voto"comentário... tou pior que o aniversariante... PARABÉNS, já agora;)
11/06/04
entro todos os dias no teu blog, como religiosamente os crentes vão à missa. a minha 'fé' vai ficando cada vez mais forte; as tuas palavras são o 'meu Deus das pequenas coisas'; e descubro a cada hora esse sentimento de amor-ódio pelos blogs, a que tanta gente fez e faz referência.
isto é um mundo... é horrível... há sempre um texto que ainda não lemos; um comentário que ainda não escrevemos; há mais uma fotografia a acrescentar; há o actualizarmo-nos e pôr-mos uma música no nosso blog; há um amigo que queremos linkar; há os que não conhecemos, mas que visitam de surpresa o nosso blog; há uma vida privada nessas páginas; há quem se queixe do aparecimento do seu blog, associado a certo tipo de buscas...
há sentimentos; há idea's, há partilha; há uma Lénia apaixonada; uma Lénia triste; há um Pedro licenciado; outro, que por mais que eu 'vá à missa' não percebo o que faz na vida... e depois queixa-se que o blog aparece associado a sites menos lícitos... tss tss...;
há esse ricardo, que dispensa apresentações, já que é permanentemente linkado, elogiado, comentado, ...ado (note-se: acaba de ser novamente, e uma vez mais, citado no meu próprio blog). Deves andar a oferecer telas ao pessoal...
há empenho; há diferença; há cor; há vidas; há dependência; há a minha paz; há coragem;
é um 'fenómeno', dizem os jornalistas, como se fosse uma anormalidade, já que só o anormal é notícia. dos que vão à missa religiosamente ninguém fala. não são menos nem mais do que nós. têm o seu amor-ódio, o seu vício, fazem os seus comentários enquanto o padre diz '...por minha culpa, minha tão grande culpa...' ("por tu culpa", repetiria Paquito); confessam-lhe a sua vida privada e são perdoados.
há medo; há horas a fio a bater textos; há inovação, há a raiva de quem é vaidoso e quer mudar o visual ao blog; há gente como eu, a escrever um texto como este; há vocês a lerem-me neste momento (muito obrigado, desde já);
há mais alguma coisa em comum, em todos nós? (por favor deixem as vossas respostas no espaço reservado a comentários, é só clicar em v;rgulas)
isto é um mundo... é horrível... há sempre um texto que ainda não lemos; um comentário que ainda não escrevemos; há mais uma fotografia a acrescentar; há o actualizarmo-nos e pôr-mos uma música no nosso blog; há um amigo que queremos linkar; há os que não conhecemos, mas que visitam de surpresa o nosso blog; há uma vida privada nessas páginas; há quem se queixe do aparecimento do seu blog, associado a certo tipo de buscas...
há sentimentos; há idea's, há partilha; há uma Lénia apaixonada; uma Lénia triste; há um Pedro licenciado; outro, que por mais que eu 'vá à missa' não percebo o que faz na vida... e depois queixa-se que o blog aparece associado a sites menos lícitos... tss tss...;
há esse ricardo, que dispensa apresentações, já que é permanentemente linkado, elogiado, comentado, ...ado (note-se: acaba de ser novamente, e uma vez mais, citado no meu próprio blog). Deves andar a oferecer telas ao pessoal...
há empenho; há diferença; há cor; há vidas; há dependência; há a minha paz; há coragem;
é um 'fenómeno', dizem os jornalistas, como se fosse uma anormalidade, já que só o anormal é notícia. dos que vão à missa religiosamente ninguém fala. não são menos nem mais do que nós. têm o seu amor-ódio, o seu vício, fazem os seus comentários enquanto o padre diz '...por minha culpa, minha tão grande culpa...' ("por tu culpa", repetiria Paquito); confessam-lhe a sua vida privada e são perdoados.
há medo; há horas a fio a bater textos; há inovação, há a raiva de quem é vaidoso e quer mudar o visual ao blog; há gente como eu, a escrever um texto como este; há vocês a lerem-me neste momento (muito obrigado, desde já);
há mais alguma coisa em comum, em todos nós? (por favor deixem as vossas respostas no espaço reservado a comentários, é só clicar em v;rgulas)
30/05/04
crónica escrita por mim e falada pelo Alberto, enquanto estávamos sentados numa mesa do café
- não gosto deste tipo. é muito penteadinho. é muito lindinho. tá sempre rodeado de gajas, não sabe o que quer; dá a muitas o seu pouco. é muito branco, sem sabor.
- gosto daquele grande, de cabelo grande. é fotógrafo.
gosto da rapariga gorda com o Swatch; cheira a coco; vim atrás dela na rua. apetecia-me dizer-lhe "obrigado pelo teu cheirinho a coco", mas ela ia olhar para mim assim....
- olha, gosto daquela ruiva; trabalha numa galeria, é uma pessoa de cara limpa.
- eu não sou nenhum juíz, estou só a exercer o meu poder: julgar o gosto...
-- como é que te chamas?
- Alberto Vilanua.
-- Vilanua é tudo junto?
- sim, Vilanua. (Viladespida)
- Alberto, também é tudo junto!
- a ruiva é toda colorida nas roupas; já o cabelo é colorido.
- há os sem coragem... como nós há mais pessoas que vêm aqui para observar.
- também me pergunto o que venho aqui fazer. venho ver-me nos outros; venho ser olhado...
- há pessoas com olhar completamente despojado; não consegues discernir se estão a criticar-te, ou simplesmente a olhar... nem sequer querem saber a cor da tua camisola, nem nada.
- nós julgamos sempre por comparação; é comum dizer "aquele gajo é feio", só para nos sentirmos melhor.
- olha, mas pára de escrever o que eu digo. vamos só conversar.
(...)
- o Luís tem uma irmã muito bonita, de lábio fino, feições finas, baixinha...
(...)
Eu e o Alberto, dirigiamo-nos à saída, quando o empregado do café me chamou para pagar a bebida que tinha pedido. Voltei para trás e quando saí finalmente, o Alberto tinha desaparecido... deixara de estar junto...
- gosto daquele grande, de cabelo grande. é fotógrafo.
gosto da rapariga gorda com o Swatch; cheira a coco; vim atrás dela na rua. apetecia-me dizer-lhe "obrigado pelo teu cheirinho a coco", mas ela ia olhar para mim assim....
- olha, gosto daquela ruiva; trabalha numa galeria, é uma pessoa de cara limpa.
- eu não sou nenhum juíz, estou só a exercer o meu poder: julgar o gosto...
-- como é que te chamas?
- Alberto Vilanua.
-- Vilanua é tudo junto?
- sim, Vilanua. (Viladespida)
- Alberto, também é tudo junto!
- a ruiva é toda colorida nas roupas; já o cabelo é colorido.
- há os sem coragem... como nós há mais pessoas que vêm aqui para observar.
- também me pergunto o que venho aqui fazer. venho ver-me nos outros; venho ser olhado...
- há pessoas com olhar completamente despojado; não consegues discernir se estão a criticar-te, ou simplesmente a olhar... nem sequer querem saber a cor da tua camisola, nem nada.
- nós julgamos sempre por comparação; é comum dizer "aquele gajo é feio", só para nos sentirmos melhor.
- olha, mas pára de escrever o que eu digo. vamos só conversar.
(...)
- o Luís tem uma irmã muito bonita, de lábio fino, feições finas, baixinha...
(...)
Eu e o Alberto, dirigiamo-nos à saída, quando o empregado do café me chamou para pagar a bebida que tinha pedido. Voltei para trás e quando saí finalmente, o Alberto tinha desaparecido... deixara de estar junto...
20/05/04
Meus amigos, pior que crónicas sobre a vida de estudante, só mesmo as aulas práticas de Fisiologia Vegetal Complementar (mais conhecida por FVC) (também tinha que começar por F...; F*D*S*E...), às quais não vou sequer perder o meu tempo a fazer comentários... (e agora estas reticências não é porque não apanhei o que a Professora (que consegue ser mais nova que eu) diz.
Venham assistir e depois falamos! Mas Boa Sorte!
Como perguntou a Kátia, na aula: "Ké ké pá fázê?"; ao que o Filipe de Portugal (que é da Madeira), respondeu: "Não sei, faz um ar de concentrada e descansa."
Venham assistir e depois falamos! Mas Boa Sorte!
Como perguntou a Kátia, na aula: "Ké ké pá fázê?"; ao que o Filipe de Portugal (que é da Madeira), respondeu: "Não sei, faz um ar de concentrada e descansa."
19/05/04
a mana perguntou-me onde estava ele no meio daquela infância toda. retornei-lhe a questão e pensei na minha resposta ao 20040418 do Pedro: sabes, ... não entra no meu quarto, não vem ter comigo, nem me diz um "então" enquanto me faz uma festa na nuca, também não volta costas, nem sai, nem vai embora. não é típico. não acontece desde que me lembro. não espero. não respondo, não é possível, não é isto que tem que acontecer. dura a eternidade atrás de mim... 24 anos...
18/05/04
crónica sobre a vida de estudante
Aula de Fisiologia Animal Complementar (mais conhecida por FAC) (mas bem que podia ser FUCK); 14.30;
Forma simples de um Receptor: célula nervosa com ramificações para a superfície do corpo... (e já não apanhei o resto)
... (uso reticências para quando não apanho o que os Professores dizem)
Corpúsculos de Meissner (é assim que se escreve; acabo de ver nas folhas mal fotocopiadas no Editorial): sensações de tacto fino.
Mais fundo na pele há receptores de Ruffini (a Salvadora da Pátria dos Aflitos é Rufino, se calhar vem daqui); e mais fundo temos os de Passini (nas folhas vem Pacinian corpuscle).
...
Receptores especializados para estímulos de natureza química (esqueci-me de referir, que além das reticências, uso MUITAS abreviaturas, e numa situação normal, este texto ocuparia menos de 1/3 do espaço [é como na cadeira de Avasculares em que o pecíolo tem de grossura menos de 1/2 mm de diâmetro, na entrada 24a e mais de 1/2mm na entrada 24b. Já agora memorizem isto: 1,3,13,14,99, e quando descobrirem o que é avisem! Prémio para a pessoa mais rápida: ... não sei (e desta vez não são reticências para quando não apanho)...]): gosto e olfacto.
Neurónios bipolares: ...
Lâmina pp do conj., c/ tec froxo, típica ds axónios bipolars (só para terem uma ideia real das abreviaturas)
...
Íris: com vasos sanguíneos dispostos radialmente; tecido conjuntivo com capacidade de acumular pigmentos; e com um orifício central - a pupila (sim, o preto dos vossos olhos não existe; é mesmo um buraco, que afinal não aumenta ou diminui; porque quem aumenta ou diminui é a íris. [é mais ou menos como dizermos que o Sol se põe e nasce, quando na realidade nunca sai do sítio])
Olhos vermelhos, por incrível que pareça não quer dizer que tenham andado a fumar certo tipo de substâncias, mas sim que Não têm Capacidade de Acumular Pigmento!!
...
ora serrata...
...
Retina cega: c/2camads d cels
... Vitamina A, da cenoura, para se formarem pigmentos visuais, para podermos continuar a ver...
Receptores auditivos: Ouvido Externo...; Ouvido Médio, com ar lá dentro; Ouvido Interno, com células nervosas, anéis semi-circulares, vestíbulo e cóclea. No vestíbulo há grãos de Carbonato de Cálcio (a típica areia que temos nas nossas cabeças) (uns com mais do que outros...)
... o escape é na zona do caracol... (ainda bem, que além de loira, tenho areia na cabeça e caracóis no cabelo... o que quer dizer que sou uma pessoa normal, com tudo no sítio...)
... ~~modilo~~ (~~ é o que uso para sublinhar as palavras que não percebo)
... mesmo se a estimulação for contínua faz mal... (N.B.: matéria lecionada numa aula de FUCK)
E baseada em algo que editaram num Blog, no outro dia: “Quem disse que era giro estudar Biologia?”. Eu gosto, mas às vezes....
Forma simples de um Receptor: célula nervosa com ramificações para a superfície do corpo... (e já não apanhei o resto)
... (uso reticências para quando não apanho o que os Professores dizem)
Corpúsculos de Meissner (é assim que se escreve; acabo de ver nas folhas mal fotocopiadas no Editorial): sensações de tacto fino.
Mais fundo na pele há receptores de Ruffini (a Salvadora da Pátria dos Aflitos é Rufino, se calhar vem daqui); e mais fundo temos os de Passini (nas folhas vem Pacinian corpuscle).
...
Receptores especializados para estímulos de natureza química (esqueci-me de referir, que além das reticências, uso MUITAS abreviaturas, e numa situação normal, este texto ocuparia menos de 1/3 do espaço [é como na cadeira de Avasculares em que o pecíolo tem de grossura menos de 1/2 mm de diâmetro, na entrada 24a e mais de 1/2mm na entrada 24b. Já agora memorizem isto: 1,3,13,14,99, e quando descobrirem o que é avisem! Prémio para a pessoa mais rápida: ... não sei (e desta vez não são reticências para quando não apanho)...]): gosto e olfacto.
Neurónios bipolares: ...
Lâmina pp do conj., c/ tec froxo, típica ds axónios bipolars (só para terem uma ideia real das abreviaturas)
...
Íris: com vasos sanguíneos dispostos radialmente; tecido conjuntivo com capacidade de acumular pigmentos; e com um orifício central - a pupila (sim, o preto dos vossos olhos não existe; é mesmo um buraco, que afinal não aumenta ou diminui; porque quem aumenta ou diminui é a íris. [é mais ou menos como dizermos que o Sol se põe e nasce, quando na realidade nunca sai do sítio])
Olhos vermelhos, por incrível que pareça não quer dizer que tenham andado a fumar certo tipo de substâncias, mas sim que Não têm Capacidade de Acumular Pigmento!!
...
ora serrata...
...
Retina cega: c/2camads d cels
... Vitamina A, da cenoura, para se formarem pigmentos visuais, para podermos continuar a ver...
Receptores auditivos: Ouvido Externo...; Ouvido Médio, com ar lá dentro; Ouvido Interno, com células nervosas, anéis semi-circulares, vestíbulo e cóclea. No vestíbulo há grãos de Carbonato de Cálcio (a típica areia que temos nas nossas cabeças) (uns com mais do que outros...)
... o escape é na zona do caracol... (ainda bem, que além de loira, tenho areia na cabeça e caracóis no cabelo... o que quer dizer que sou uma pessoa normal, com tudo no sítio...)
... ~~modilo~~ (~~ é o que uso para sublinhar as palavras que não percebo)
... mesmo se a estimulação for contínua faz mal... (N.B.: matéria lecionada numa aula de FUCK)
E baseada em algo que editaram num Blog, no outro dia: “Quem disse que era giro estudar Biologia?”. Eu gosto, mas às vezes....
16/05/04
a minha mãe
Lembras-te de quando me compravas laços na pastelaria da cidade?
Tenho saudades desses sabores da infância, daquela inocência..., de não haver responsabilidades, a não ser a de ser criança.
Lembro-me de quando me deixavas em casa da tia e ela me dava aquele leite instantâneo, que eu detestava.
Lembras-te de quando íamos às compras aos sábados de manhã?
Lembro-me de vir da escola, no Verão, abrir a porta de casa e rebolar no chão fresco da entrada.
Hoje sonhei com essa casa... o pátio, os coelhos, o poço, a casa de banho na rua, os porcos, os pombos, aquela pereira lá atrás, o Tobias... lembras-te quando o lenhador dormiu ao lado dele e acordou cheio de pulgas? Rimo-nos tanto!
Lembro-me de dar leite ao cabritinho com uma tetina posta no gargalo de uma garrafa de cerveja; das arcas de madeira no sótão; de ir às amoras em Agosto, com o Gabriel e as irmãs; da “Gente fina é outra coisa”... o que eu adorava aquela cabra dentro de casa, aqueles labirintos debaixo da estrada...
Lembras-te dos disparates que a mana dizia? – Mamã põe-me pasta dos dentes na escova, que eu não sei quantos metros são; - Mamã, anda cá que a Putchie vai ao telefone!...
Lembro-me de cavalgar em cima do meu leão de peluche. Ainda está cá em casa, junto ao cão castanho e à patinha de vestido vermelho.
Lembro-me daquela cadeira pequenina de madeira, em que sentavas a mana, na esperança que ela ficasse um minuto quieta; agora sentei nela o cão castanho.
A Rita e o Pedro, que lhes aconteceu? Esses bonecos são feitos de quê? Ficam ali, anos e anos nas nossas mãos, têm a vida que lhes damos, fazem o que a nossa imaginação quer e continuam pacíficos quando já não lhe imaginamos nada; quando os sentamos numa cadeira...
Se pudessem de repente ter vida, que diriam? Será que nos davam vida a nós, e com a sua imaginação faziam-nos o que quisessem?
Lembras-te da minha mala da escola primária? Com uns baloiços desenhados, os cubos com números, um escorrega... amarela e branca... não havia outra igual. Que lhe aconteceu?
Lembro-me dos Desenhos Animados: A Floresta Verde (com aquele passaroco a gritar: há perigo; há perigo!); a Alice no País das Maravilhas; a Heidi; o Sítio do Pica-Pau Amarelo; o Bocas; o Scooby Doo; os Marretas; os Estapafúrdios... o do toyosoio,soiotoyo; o Alf; o Tom Sawyer (e aquela casa na árvore, do Huckleberry Finn); o La vie, La vie; o Pepe Legal (Babalú, pra pensar estou cá eu...)...
Lembras-te das histórias que nos lias? A Anita; o Tucano Narigudo; as Fábulas de La Fontaine; As Histórias do Avozinho; o Grande Livro dos Animais... ainda me lembro de Como o Mano Coelho escapou à Raposa: - faz de mim o que quiseres, Mana Raposa. Assa-me, enforca-me, atira-me para o fundo do rio, esfola-me, fura-me os olhos, arranca-me as orelhas, mas por favor não me atires para aquelas silvas.
Lembro-me da banheira cor-de-rosa; das papas de farinha que fazias; dos beijinhos que dava na testa enorme da mana; da tua boneca no sótão; de quando eu e a mana entornávamos o leite todas as manhãs...
Lembras-te quando a mana levou as botas de lã de ovelha com a mini-saia de ganga, no dia em que o fotógrafo ia à escola?
Lembro-me de jogarmos à Cabra-cega; à Mamã dá Licença; à Meia-Noite; ao Passará-Passará. Lembro-me da D. Florinda, que punha uma peruca sempre que ia lá o fotógrafo; dos disparates que o homem dizia, só para nos fazer rir; lembro-me das mesas da sala de aula; de dizeres que o Gabriel tinha bicho carpinteiro no rabo, pois não parava quieto na cadeira, e no fim de mostrar os trabalhos à Professora, passava por debaixo das mesas para ir para o lugar; Lembro-me dos livros: o Papú, o Beija-Flor; de fazermos patinhos amarelos de cartolina, para oferecer aos meninos, quando faziam anos; lembro-me de como sempre fiquei triste por fazer anos em Agosto e nunca me terem oferecido um patinho...
Lembro-me de bater na cabeça do Gabriel com o meu Bom-Companheiro e de ele se deixar cair direitinho no meio do chão; lembro-me de chupar os caules das luzernas; de ir com a mana ao leite, a casa da Lúcia, e ficar a brincar com a Raquel, e tu a gritares para irmos para casa e a perguntar Não chega já de brincadeira?, e a nossa resposta era sempre a mesma Ó mamã, mas ainda não brincámos nada hoje...
Lembro-me das músicas que ouvíamos vezes sem conta; de ver o Dallas, o Barco do Amor, o Duarte e Companhia... aquele Citroên igual ao nosso...; de ter medo quando começava o Twin Peaks.
Lembras-te de me chamares Joãozinho das Flores?
Hoje sonhei com essa infância...
Tenho saudades desses sabores da infância, daquela inocência..., de não haver responsabilidades, a não ser a de ser criança.
Lembro-me de quando me deixavas em casa da tia e ela me dava aquele leite instantâneo, que eu detestava.
Lembras-te de quando íamos às compras aos sábados de manhã?
Lembro-me de vir da escola, no Verão, abrir a porta de casa e rebolar no chão fresco da entrada.
Hoje sonhei com essa casa... o pátio, os coelhos, o poço, a casa de banho na rua, os porcos, os pombos, aquela pereira lá atrás, o Tobias... lembras-te quando o lenhador dormiu ao lado dele e acordou cheio de pulgas? Rimo-nos tanto!
Lembro-me de dar leite ao cabritinho com uma tetina posta no gargalo de uma garrafa de cerveja; das arcas de madeira no sótão; de ir às amoras em Agosto, com o Gabriel e as irmãs; da “Gente fina é outra coisa”... o que eu adorava aquela cabra dentro de casa, aqueles labirintos debaixo da estrada...
Lembras-te dos disparates que a mana dizia? – Mamã põe-me pasta dos dentes na escova, que eu não sei quantos metros são; - Mamã, anda cá que a Putchie vai ao telefone!...
Lembro-me de cavalgar em cima do meu leão de peluche. Ainda está cá em casa, junto ao cão castanho e à patinha de vestido vermelho.
Lembro-me daquela cadeira pequenina de madeira, em que sentavas a mana, na esperança que ela ficasse um minuto quieta; agora sentei nela o cão castanho.
A Rita e o Pedro, que lhes aconteceu? Esses bonecos são feitos de quê? Ficam ali, anos e anos nas nossas mãos, têm a vida que lhes damos, fazem o que a nossa imaginação quer e continuam pacíficos quando já não lhe imaginamos nada; quando os sentamos numa cadeira...
Se pudessem de repente ter vida, que diriam? Será que nos davam vida a nós, e com a sua imaginação faziam-nos o que quisessem?
Lembras-te da minha mala da escola primária? Com uns baloiços desenhados, os cubos com números, um escorrega... amarela e branca... não havia outra igual. Que lhe aconteceu?
Lembro-me dos Desenhos Animados: A Floresta Verde (com aquele passaroco a gritar: há perigo; há perigo!); a Alice no País das Maravilhas; a Heidi; o Sítio do Pica-Pau Amarelo; o Bocas; o Scooby Doo; os Marretas; os Estapafúrdios... o do toyosoio,soiotoyo; o Alf; o Tom Sawyer (e aquela casa na árvore, do Huckleberry Finn); o La vie, La vie; o Pepe Legal (Babalú, pra pensar estou cá eu...)...
Lembras-te das histórias que nos lias? A Anita; o Tucano Narigudo; as Fábulas de La Fontaine; As Histórias do Avozinho; o Grande Livro dos Animais... ainda me lembro de Como o Mano Coelho escapou à Raposa: - faz de mim o que quiseres, Mana Raposa. Assa-me, enforca-me, atira-me para o fundo do rio, esfola-me, fura-me os olhos, arranca-me as orelhas, mas por favor não me atires para aquelas silvas.
Lembro-me da banheira cor-de-rosa; das papas de farinha que fazias; dos beijinhos que dava na testa enorme da mana; da tua boneca no sótão; de quando eu e a mana entornávamos o leite todas as manhãs...
Lembras-te quando a mana levou as botas de lã de ovelha com a mini-saia de ganga, no dia em que o fotógrafo ia à escola?
Lembro-me de jogarmos à Cabra-cega; à Mamã dá Licença; à Meia-Noite; ao Passará-Passará. Lembro-me da D. Florinda, que punha uma peruca sempre que ia lá o fotógrafo; dos disparates que o homem dizia, só para nos fazer rir; lembro-me das mesas da sala de aula; de dizeres que o Gabriel tinha bicho carpinteiro no rabo, pois não parava quieto na cadeira, e no fim de mostrar os trabalhos à Professora, passava por debaixo das mesas para ir para o lugar; Lembro-me dos livros: o Papú, o Beija-Flor; de fazermos patinhos amarelos de cartolina, para oferecer aos meninos, quando faziam anos; lembro-me de como sempre fiquei triste por fazer anos em Agosto e nunca me terem oferecido um patinho...
Lembro-me de bater na cabeça do Gabriel com o meu Bom-Companheiro e de ele se deixar cair direitinho no meio do chão; lembro-me de chupar os caules das luzernas; de ir com a mana ao leite, a casa da Lúcia, e ficar a brincar com a Raquel, e tu a gritares para irmos para casa e a perguntar Não chega já de brincadeira?, e a nossa resposta era sempre a mesma Ó mamã, mas ainda não brincámos nada hoje...
Lembro-me das músicas que ouvíamos vezes sem conta; de ver o Dallas, o Barco do Amor, o Duarte e Companhia... aquele Citroên igual ao nosso...; de ter medo quando começava o Twin Peaks.
Lembras-te de me chamares Joãozinho das Flores?
Hoje sonhei com essa infância...
25/04/04
05/04/04
não há fórmulas e eu criei o meu mundo sozinha... e estas são as minhas fórmulas.
Ser bonita afinal é tão fácil... ser boa é que é difícil.
A cena não está em termos um mundo bom, mas em deixarmos um mundo bom. (alguém já disse algo deste género)
Aliás, se isto já tivesse sido feito antes de nós; teríamos um mundo bom!
O que é que de mim está nas minhas mãos? E nas dos outros?
Onde está o "Você está aqui"?
Onde é que... ?
Finjo felicidade.
Finjo prazer feito uma mulher.
Os bichos são tão tranquilos.
Quero ser bicho.
Infiltro-me na felicidade dos outros e tento roubar resquícios de sentimentos para mim.
Não tenho nada construído, a não ser estas frases soltas...
e uma "tecla encravada" e um meio termo que não consigo encontrar; mas tem que existir equilíbrio??
relembro uma das nossas primeiras conversas; relembro aquela no banco de jardim do Palácio... compreendo-te, mas parece que nunca estamos na mesma cena...
relembro uma noite em tua casa, um filme, esse teu sorriso sempre... esse teu sorriso...
os teus raros abraços... mas bons...
o melhor da vida
... segredarem-me ao ouvido ...
Não tenho direito a introduzir-me na vida das outras pessoas... mas faço-o constantemente.
Quantos mais filmes faço, menos actores tenho; não posso querer controlar a cena.
O que é que ganhaste estes anos todos em estar isolado? O que é que perdeste?
se os preservativos falassem, que diriam?
Têm todos uma pancada; cada um com uma pancada a mais que o outro;
Onde anda o que tem uma pancada a menos que eu?
que directrizes usas quando estás em retiro? se é que há directrizes...
é auto-gestão? ou tens uma filosofia de base?
...
sinto que todos ralham comigo...
Planos/Bichos
verde: a minha casa... no verde laranja das folhas brancas das árvores...
Respiração
Ausência de pensamento
Acumulação de energia
Alimentação?
Bebida?
sinto-me uma morta-viva na imensidão de ruídos da Natureza; são breves e rápidos flashes... não sei explicar... é como que a eternidade num momento... com paz; sem pensar; sem preocupações; sem nada, mas com tudo
Estive na minha paz... no meu jardim...
(...) ele deu-me paz... deixou-me sonhar... e ser outra vez e uma vez mais:
inocente
inocente em paz
Aqui jazz esta melodia
o meu jardim é qualquer lugar onde esteja só; onde seja eu...
nem sequer há despedidas... nem... os carros que passam, nem todo este betão... nem nada destrói o meu espaço; o meu momento a dois comigo outra.
a paz está em mim e nalgumas pessoas minhas amigas, Sempre!
Adorava entabular uma conversa com os velhinhos que se cruzam comigo nas ruas...
olho-te sozinha, sentada noutras escadas, paralelas às minhas. que fazes aí?
... desces as escadas; passas mesmo à minha frente... olhas-me sem sorrir; olho-te sem sorrir; viras na primeira esquina; é a minha rua; e desapareces para sempre.
rm: já experimentaste escrever 10 linhas que fossem?
ainda não experimentei pintar uma tela que seja.
Escrevo mil textos diferentes ao mesmo tempo... absorvo mil coisas diferentes ao mesmo tempo.
está na minha hora.
Vamos! (eu e eu)
- Não; não vamos!
Chegam dois desconhecidos; entram no carro, e no último segundo desço as escadas a correr e entro no carro deles:
- Vamos! (eu, eu, ele e ele)
dormi uma sesta no jardim; "acorditava" de vez em quando e era como se viesse de uma viagem, de um outro mundo e tivesse sido largada instantaneamente algures num "não sei"
Faço aquilo que amo: ESCREVO
tenho outra vez este lápis vermelho de carvão... entre três dedos...
absorvo, absorvo, absorvo... tenho tudo isto para vos dar...
absorvam, absorvam, absorvam...
e por fim: o meu sorriso de menina inocente!
Agarro com força o meu caderno; beijo-o;
sussuro ao ouvido do meu lápis: amo-te!
Carla; 05/04/04
Não: sem Carla, sem data; isto tudo acaba aqui:
Ser bonita afinal é tão fácil... ser boa é que é difícil.
A cena não está em termos um mundo bom, mas em deixarmos um mundo bom. (alguém já disse algo deste género)
Aliás, se isto já tivesse sido feito antes de nós; teríamos um mundo bom!
O que é que de mim está nas minhas mãos? E nas dos outros?
Onde está o "Você está aqui"?
Onde é que... ?
Finjo felicidade.
Finjo prazer feito uma mulher.
Os bichos são tão tranquilos.
Quero ser bicho.
Infiltro-me na felicidade dos outros e tento roubar resquícios de sentimentos para mim.
Não tenho nada construído, a não ser estas frases soltas...
e uma "tecla encravada" e um meio termo que não consigo encontrar; mas tem que existir equilíbrio??
relembro uma das nossas primeiras conversas; relembro aquela no banco de jardim do Palácio... compreendo-te, mas parece que nunca estamos na mesma cena...
relembro uma noite em tua casa, um filme, esse teu sorriso sempre... esse teu sorriso...
os teus raros abraços... mas bons...
o melhor da vida
... segredarem-me ao ouvido ...
Não tenho direito a introduzir-me na vida das outras pessoas... mas faço-o constantemente.
Quantos mais filmes faço, menos actores tenho; não posso querer controlar a cena.
O que é que ganhaste estes anos todos em estar isolado? O que é que perdeste?
se os preservativos falassem, que diriam?
Têm todos uma pancada; cada um com uma pancada a mais que o outro;
Onde anda o que tem uma pancada a menos que eu?
que directrizes usas quando estás em retiro? se é que há directrizes...
é auto-gestão? ou tens uma filosofia de base?
...
sinto que todos ralham comigo...
Planos/Bichos
verde: a minha casa... no verde laranja das folhas brancas das árvores...
Respiração
Ausência de pensamento
Acumulação de energia
Alimentação?
Bebida?
sinto-me uma morta-viva na imensidão de ruídos da Natureza; são breves e rápidos flashes... não sei explicar... é como que a eternidade num momento... com paz; sem pensar; sem preocupações; sem nada, mas com tudo
Estive na minha paz... no meu jardim...
(...) ele deu-me paz... deixou-me sonhar... e ser outra vez e uma vez mais:
inocente
inocente em paz
Aqui jazz esta melodia
o meu jardim é qualquer lugar onde esteja só; onde seja eu...
nem sequer há despedidas... nem... os carros que passam, nem todo este betão... nem nada destrói o meu espaço; o meu momento a dois comigo outra.
a paz está em mim e nalgumas pessoas minhas amigas, Sempre!
Adorava entabular uma conversa com os velhinhos que se cruzam comigo nas ruas...
olho-te sozinha, sentada noutras escadas, paralelas às minhas. que fazes aí?
... desces as escadas; passas mesmo à minha frente... olhas-me sem sorrir; olho-te sem sorrir; viras na primeira esquina; é a minha rua; e desapareces para sempre.
rm: já experimentaste escrever 10 linhas que fossem?
ainda não experimentei pintar uma tela que seja.
Escrevo mil textos diferentes ao mesmo tempo... absorvo mil coisas diferentes ao mesmo tempo.
está na minha hora.
Vamos! (eu e eu)
- Não; não vamos!
Chegam dois desconhecidos; entram no carro, e no último segundo desço as escadas a correr e entro no carro deles:
- Vamos! (eu, eu, ele e ele)
dormi uma sesta no jardim; "acorditava" de vez em quando e era como se viesse de uma viagem, de um outro mundo e tivesse sido largada instantaneamente algures num "não sei"
Faço aquilo que amo: ESCREVO
tenho outra vez este lápis vermelho de carvão... entre três dedos...
absorvo, absorvo, absorvo... tenho tudo isto para vos dar...
absorvam, absorvam, absorvam...
e por fim: o meu sorriso de menina inocente!
Agarro com força o meu caderno; beijo-o;
sussuro ao ouvido do meu lápis: amo-te!
Carla; 05/04/04
Não: sem Carla, sem data; isto tudo acaba aqui:
28/03/04
o melhor da vida
os jantares em minha casa; o Strogonoff de Palmito da Joana; o meu Alho-francês à Brás; as caipirinhas da Kátia; o sorriso do Andrew; as festas Erasmus; os meus amigos; as gaivotas; o cheiro dos lápis de cera; uma boa conversa; as surpresas; o Pinguim Café; as saídas de campo; esta liberdade; escrever; a vida, basicamente.
12/03/04
11/03/04
... reticências. ponto, vírgula Subi a esse sonho e fui para longe ainda a fingir. ponto
parágrafo Estava sempre comigo: dois pontos esse azul, vírgula ou será verde? ponto de interrogação
parágrafo Não sei, vírgula no mínimo é um sorriso, vírgula o teu sorriso sempre à minha espera. ponto
parágrafo Aqui neste algures tão perto, vírgula afinal. ponto final
parágrafo Estava sempre comigo: dois pontos esse azul, vírgula ou será verde? ponto de interrogação
parágrafo Não sei, vírgula no mínimo é um sorriso, vírgula o teu sorriso sempre à minha espera. ponto
parágrafo Aqui neste algures tão perto, vírgula afinal. ponto final
04/03/04
Sinto o cheiro da tua sala... do teu quarto...
Deito-me ao teu lado no sofá. Sinto os teus braços no meu corpo.
Reescrevo o nosso acaso... a história que nos fez deitar no mesmo sofá... mas começam a escassear-me as letras... porque ainda me custa explicar os acasos... ... e não quer dizer que tenha que existir uma explicação, certo?
Deito-me ao teu lado no sofá. Sinto os teus braços no meu corpo.
Reescrevo o nosso acaso... a história que nos fez deitar no mesmo sofá... mas começam a escassear-me as letras... porque ainda me custa explicar os acasos... ... e não quer dizer que tenha que existir uma explicação, certo?
03/03/04
02/03/04
01/03/04
29/02/04
Noutras folhas
...arrasto o carvão na penumbra da noite. sentem-se tremores; mas não consigo ter medo. Continuo a arrastar... é viciante.
Subscrever:
Mensagens (Atom)