Canta todo um povo. Nasce um poema.
Dessa arma vermelha, Nasce um poema.
Dessa arma vermelha solta-se o grito cravejado de força.
Nesse Abril, Nasce um poema.
SEMPRE!
Venham mais 25.
Venham cravos, liberdade e um sorriso no rosto.
Não sei o que é isso da Revolução.
Da cantiga é uma arma.
Não tive a cadeira de Abril de 74, na Universidade.
Ter-se-à falado disso em 75, 76, 77, ou 78.
Eu, nasci em 79.
Não devia haver partidos.
Devia haver inteiros!
Homens e mulheres, inteiros.
Deviam haver pessoas. Humanas.
Haveriam umas que fariam o Mal, outras o Bem.
Umas que seriam o mais justas e igualitárias possível, outras que não saberiam o significado dessas palavras.
Mesquinho como o ser, que se diz humano, é, aposto que ganharia o Mal e com maioria absoluta.
Eu, votaria BEM.
Não sei se não veio a PIDE (Poderosa Imaginação Desenvolvida do Estado), outra vez, e levou um país inteiro (e todo partido!) para a terra onde não há Liberdade. Não sei.
Revolucionam-se palavras. Nasce um poema.
Canta todo um povo. Nasce um poema.
Dessa arma vermelha, Nasce um poema.
Dessa arma vermelha solta-se o grito cravejado de força.
Nesse Abril, Nasce um poema.
SEMPRE!
Venham mais 25.
Venham cravos, liberdade e um sorriso no rosto.