Em 19 de Outubro de 2003, um amigo especial punha este blog online.
No dia seguinte o primeiro “post” dizia:
20.10.03
com . e , começo...
Posted by Carla Veríssimo at 00:37
E comecei.
E vim assim, seguindo pelo tempo neste espaço, onde sempre tive por objectivo a Difusão. A Partilha.
O querer tocar os outros, vocês que me lêem.
Impacientar-vos, aconchegar-vos, confrontar-vos. Fazer pensar, fazer rir, mexer, abanar, provocar, informar.
Dar uma outra, (a minha), visão.
5 anos de blog.
5 anos de palavras.
De escrita.
De leitura.
5 anos de voz em mim.
De vós em mim.
5 anos neste meu espaço.
A fabricar.
5 anos de amigos, de criação, desta arte que me empolga, me impele, me empola.
Ary dos Santos disse Fazer versos é, para mim, uma função tão natural ou necessária como dormir, comer ou fazer amor.
É esta a melhor definição que encontro para descrever esta minha necessidade de partilhar o tanto que escrevo, esperando o feedback, a crítica, e as palavras dos outros: Vós.
A voz das palavras dos outros: Vós!, para poder crescer, maturar, evoluir.
5 anos depois quero deixar esta reflexão.
Tanto ao amigo especial que pôs este projecto online, como a todos os que me lêem, tenho apenas mais umas linhas:
Um sincero obrigada!
Sentido
Agradecido
Espero que continuem daí.
Venham as críticas, as sugestões.
As vossas palavras. A vossa Voz!
Fiquem as letras e esta arte que é minha: escrita
com . e , continuo...
Carla Veríssimo cria site para se dar a conhecer e ao seu trabalho.
Carla Veríssimo cria site para se dar a conhecer e ao seu trabalho| http://cavverissimo.wix.com/carlaverissimo
20/10/08
15/10/08
23/06/08: 00h25min
Passei o Domingo na praia. Apanhei um escaldão. Estou frita. Literalmente. O que vou escrever desta linha em diante vai ser difícil, vai doer mais do que o escaldão e vai parecer uma declaração de amor. E é. Uma declaração.
E um amor.
Uma declaração de que quando tu me apareceste na cozinha te achei estranho e pensei: “Ui… vou ter que partilhar a casa com este gajo esquisito”.
Mas depois com os dias, começámos a conhecer-nos e demo-nos sempre bem. E já não me lembrava de “match” assim tanto com alguém.
Uma declaração de que: E agora quem se vai sentar no sofá individual enquanto vejo as séries da 2:?;
E agora quem me vai chatear porque estou deitada no sofá sem fazer nada?;
E agora quem me vai dizer que não é meu amigo?;
Vai ser estranho não ter o meu carro estacionado à frente ou atrás de um Seat branco mais pequeno do que eu, mas com umas escadas maiores que o mundo.
Quem me fará companhia no F2 e 4 do cinema?;
Quem escreverá a Lista das Espécies?
Quem comerá com pauzinhos?
A quem vou dizer Bom-dia; Olá; Até logo?
Quando voltarei a ouvir Tas cá? ou Bye Bye!
Uma declaração que não consegue declarar o que é, nem o que são as relações humanas.
Um amor: pelas pessoas. Pelo que elas me dão. Pelo que guardo. Pelo que recordo. Pelo quanto me marcam. Pela sua singularidade. Pelos seus simples sorrisos. Pela presença. Pelas expressões. Pela paciência.
Espero ver-te um dia numa bicicleta de rodinhas a ensinares o teu filho a andar, e a aprenderes com isso!
Espero que saiba como tu ouvir o canto da coruja.
Não estava à espera que fosse hoje. Que fosses hoje.
Apanhei um escaldão na praia. Cheguei a casa e tinha de me despachar para ir ao cinema. Não te vi. Não vos vi. No fim do banho ouvi um barulho e pensei Devem ser eles. Que bom! Vou pedir-lhe a ela para me pôr creme nas queimaduras.
Estava cheia de dores.
E continuo cheia de dor… agora cá dentro, onde também apanhei um escaldão. Um outro escaldão.
Esperava que me tivesses dito que ias embora. Ter sabido que era hoje. Poder dizer adeus. Abraçar-te.
Talvez tenham poupado ver as minhas lágrimas. Entrego-me demais às pessoas e depois é isto.
Recebo demais as pessoas, assimilo-as demais. E depois, quando a vida nos leva por caminhos diferentes: Sofro demais.
Tenho saudades demais.
Ela que não fique com ciúmes desta Declaração. Parece que a ouço dizer: É tão querida!, que lhe ouço ainda o riso, tão próprio, tão cheio de vontade.
Nem o teu cheiro ficou na casa.
Nem sei porque chorei, nem porque choro mais pelo facto de encontrar a casa sem ti e sem as tuas coisas, do que chorei com o filme no cinema.
Talvez por ter sido apanhada desprevenida.
Continuarás a fazer parte das minhas estórias e dos meus livros.
Foste embora hoje, ontem, dia 22 ainda, e eu vou poder voltar a tomar banho de porta aberta e a andar nua pela casa,…
Mas de que me vale tudo isso?
Se não vais estar cá para avariar o comando da televisão, para abrir a janela da cozinha logo de manhã e me incomodar a aragem fria que vem da rua?
De que me vale tudo isso, se não vão haver ninhos à porta da entrada e todo o teu material de campo?, se não vais estar cá pra dizer: Vou tomar café, já venho, antes das séries de 2: começarem?
Fiquei sem saber muito de ti, pais, irmãos, aventuras, desejos, medos,…
Tenho fome e estou queimada do sol. Tenho medo….
A vida é um fio de luz muito ténue. A qualquer milésimo de segundo pode apagar-se. Tento levar comigo todos os filamentos que posso.
Estou cansada. Vou dormir.
Boa-noite.
Bye bye!
E um amor.
Uma declaração de que quando tu me apareceste na cozinha te achei estranho e pensei: “Ui… vou ter que partilhar a casa com este gajo esquisito”.
Mas depois com os dias, começámos a conhecer-nos e demo-nos sempre bem. E já não me lembrava de “match” assim tanto com alguém.
Uma declaração de que: E agora quem se vai sentar no sofá individual enquanto vejo as séries da 2:?;
E agora quem me vai chatear porque estou deitada no sofá sem fazer nada?;
E agora quem me vai dizer que não é meu amigo?;
Vai ser estranho não ter o meu carro estacionado à frente ou atrás de um Seat branco mais pequeno do que eu, mas com umas escadas maiores que o mundo.
Quem me fará companhia no F2 e 4 do cinema?;
Quem escreverá a Lista das Espécies?
Quem comerá com pauzinhos?
A quem vou dizer Bom-dia; Olá; Até logo?
Quando voltarei a ouvir Tas cá? ou Bye Bye!
Uma declaração que não consegue declarar o que é, nem o que são as relações humanas.
Um amor: pelas pessoas. Pelo que elas me dão. Pelo que guardo. Pelo que recordo. Pelo quanto me marcam. Pela sua singularidade. Pelos seus simples sorrisos. Pela presença. Pelas expressões. Pela paciência.
Espero ver-te um dia numa bicicleta de rodinhas a ensinares o teu filho a andar, e a aprenderes com isso!
Espero que saiba como tu ouvir o canto da coruja.
Não estava à espera que fosse hoje. Que fosses hoje.
Apanhei um escaldão na praia. Cheguei a casa e tinha de me despachar para ir ao cinema. Não te vi. Não vos vi. No fim do banho ouvi um barulho e pensei Devem ser eles. Que bom! Vou pedir-lhe a ela para me pôr creme nas queimaduras.
Estava cheia de dores.
E continuo cheia de dor… agora cá dentro, onde também apanhei um escaldão. Um outro escaldão.
Esperava que me tivesses dito que ias embora. Ter sabido que era hoje. Poder dizer adeus. Abraçar-te.
Talvez tenham poupado ver as minhas lágrimas. Entrego-me demais às pessoas e depois é isto.
Recebo demais as pessoas, assimilo-as demais. E depois, quando a vida nos leva por caminhos diferentes: Sofro demais.
Tenho saudades demais.
Ela que não fique com ciúmes desta Declaração. Parece que a ouço dizer: É tão querida!, que lhe ouço ainda o riso, tão próprio, tão cheio de vontade.
Nem o teu cheiro ficou na casa.
Nem sei porque chorei, nem porque choro mais pelo facto de encontrar a casa sem ti e sem as tuas coisas, do que chorei com o filme no cinema.
Talvez por ter sido apanhada desprevenida.
Continuarás a fazer parte das minhas estórias e dos meus livros.
Foste embora hoje, ontem, dia 22 ainda, e eu vou poder voltar a tomar banho de porta aberta e a andar nua pela casa,…
Mas de que me vale tudo isso?
Se não vais estar cá para avariar o comando da televisão, para abrir a janela da cozinha logo de manhã e me incomodar a aragem fria que vem da rua?
De que me vale tudo isso, se não vão haver ninhos à porta da entrada e todo o teu material de campo?, se não vais estar cá pra dizer: Vou tomar café, já venho, antes das séries de 2: começarem?
Fiquei sem saber muito de ti, pais, irmãos, aventuras, desejos, medos,…
Tenho fome e estou queimada do sol. Tenho medo….
A vida é um fio de luz muito ténue. A qualquer milésimo de segundo pode apagar-se. Tento levar comigo todos os filamentos que posso.
Estou cansada. Vou dormir.
Boa-noite.
Bye bye!
07/10/08
Le Toi Du Moi, Carla Bruni
Je suis ton pile
Tu es mon face
Toi mon nombril
Et moi ta glace
Tu es l'envie et moi le geste
Toi le citron et moi le zeste
Je suis le thé, tu es la tasse
Toi la guitare et moi la basse
Je suis la pluie et tu es mes gouttes
Tu es le oui et moi le doute
T'es le bouquet je suis les fleurs
Tu es l'aorte et moi le coeur
Toi t'es l'instant moi le bonheur
Tu es le verre je suis le vin
Toi tu es l'herbe et moi le joint
Tu es le vent j'suis la rafale
Toi la raquette et moi la balle
T'es le jouet et moi l'enfant
T'es le vieillard et moi le temps
Je suis l'iris tu es la pupille
Je suis l'épice toi la papille
Toi l'eau qui vient et moi la bouche
Toi l'aube et moi le ciel qui s'couche
T'es le vicaire et moi l'ivresse
T'es le mensonge moi la paresse
T'es le guépard moi la vitesse
Tu es la main moi la caresse
Je suis l'enfer de ta pécheresse
Tu es le ciel moi la terre, hum
Je suis l'oreille de ta musique
Je suis le soleil de tes tropiques
Je suis le tabac de ta pipe
T'es le plaisir je suis la foudre
Tu es la gamme et moi la note
Tu es la flamme moi l'allumette
T'es la chaleur j'suis la paresse
T'es la torpeur et moi la sieste
T'es la fraîcheur et moi l'averse
Tu es les fesses je suis la chaise
Tu es bémol et moi j'suis dièse
T'es le laurel de mon hardy
T'es le plaisir de mon soupir
T'es la moustache de mon trotski
T'es tous les éclats de mon rire
Tu es le chant de ma sirène
Tu es le sang et moi la veine
T'es le jamais de mon toujours
T'es mon amour t'es mon amour
Je suis ton pile
Toi mon face
Toi mon nombril
Et moi ta glace
Tu es l'envie et moi le geste
T'es le citron et moi le zeste
Je suis le thé, tu es la tasse
Toi la putain et moi la passe
Tu es la tombe et moi l'épitaphe
Et toi le texte, moi le paragraphe
Tu es le lapsus et moi la gaffe
Toi l'élégance et moi la grâce
Tu es l'effet et moi la cause
Toi le divan moi la névrose
Toi l'épine moi la rose
Tu es la tristesse moi le poète
Tu es la belle et moi la bête
Tu es le corps et moi la tête
Tu es le corps. hummm !
T'es le sérieux moi l'insouciance
Toi le flic moi la balance
Toi le gibier moi la potence
Toi l'ennui et moi la transe
Toi le très peu moi le beaucoup
Moi le sage et toi le fou
Tu es l'éclair et moi la poudre
Toi la paille et moi la poutre
Tu es le surmoi de mon ça
C'est toi charybde et moi scylla
Tu es la mère et moi le doute
Tu es le néant et moi le tout
Tu es le chant de ma sirène
Toi tu es le sang et moi la veine
T'es le jamais de mon toujours
T'es mon amour t'es mon amour
Tu es mon face
Toi mon nombril
Et moi ta glace
Tu es l'envie et moi le geste
Toi le citron et moi le zeste
Je suis le thé, tu es la tasse
Toi la guitare et moi la basse
Je suis la pluie et tu es mes gouttes
Tu es le oui et moi le doute
T'es le bouquet je suis les fleurs
Tu es l'aorte et moi le coeur
Toi t'es l'instant moi le bonheur
Tu es le verre je suis le vin
Toi tu es l'herbe et moi le joint
Tu es le vent j'suis la rafale
Toi la raquette et moi la balle
T'es le jouet et moi l'enfant
T'es le vieillard et moi le temps
Je suis l'iris tu es la pupille
Je suis l'épice toi la papille
Toi l'eau qui vient et moi la bouche
Toi l'aube et moi le ciel qui s'couche
T'es le vicaire et moi l'ivresse
T'es le mensonge moi la paresse
T'es le guépard moi la vitesse
Tu es la main moi la caresse
Je suis l'enfer de ta pécheresse
Tu es le ciel moi la terre, hum
Je suis l'oreille de ta musique
Je suis le soleil de tes tropiques
Je suis le tabac de ta pipe
T'es le plaisir je suis la foudre
Tu es la gamme et moi la note
Tu es la flamme moi l'allumette
T'es la chaleur j'suis la paresse
T'es la torpeur et moi la sieste
T'es la fraîcheur et moi l'averse
Tu es les fesses je suis la chaise
Tu es bémol et moi j'suis dièse
T'es le laurel de mon hardy
T'es le plaisir de mon soupir
T'es la moustache de mon trotski
T'es tous les éclats de mon rire
Tu es le chant de ma sirène
Tu es le sang et moi la veine
T'es le jamais de mon toujours
T'es mon amour t'es mon amour
Je suis ton pile
Toi mon face
Toi mon nombril
Et moi ta glace
Tu es l'envie et moi le geste
T'es le citron et moi le zeste
Je suis le thé, tu es la tasse
Toi la putain et moi la passe
Tu es la tombe et moi l'épitaphe
Et toi le texte, moi le paragraphe
Tu es le lapsus et moi la gaffe
Toi l'élégance et moi la grâce
Tu es l'effet et moi la cause
Toi le divan moi la névrose
Toi l'épine moi la rose
Tu es la tristesse moi le poète
Tu es la belle et moi la bête
Tu es le corps et moi la tête
Tu es le corps. hummm !
T'es le sérieux moi l'insouciance
Toi le flic moi la balance
Toi le gibier moi la potence
Toi l'ennui et moi la transe
Toi le très peu moi le beaucoup
Moi le sage et toi le fou
Tu es l'éclair et moi la poudre
Toi la paille et moi la poutre
Tu es le surmoi de mon ça
C'est toi charybde et moi scylla
Tu es la mère et moi le doute
Tu es le néant et moi le tout
Tu es le chant de ma sirène
Toi tu es le sang et moi la veine
T'es le jamais de mon toujours
T'es mon amour t'es mon amour
02/10/08
Acredito que temos uma relação física e espiritual. Uma relação física e espiritual, pura.
SOMENTE PURA.
Tenho saudades tuas.
Confesso-me.
Fazes-me falta.
Hoje não controlei o sorriso quando me apareceu pela frente a tua imagem.
Estava aquilo a que se chama babada!
Com o teu sorriso, a tua boa disposição.
A tua cara, o teu corpo. A tua mente. A tua história. A tua figura. A tua fotografia.
O teu trabalho. As histórias na tua vida.
Passava um dia inteiro contigo.
Não me cansas.
Não era suposto dizer-te isto. Fecha os olhos. Não leias.
Não podes saber disto.
Fecha os olhos.
Já disse!
Fecha a página!
Desliga-me!
Não podes ler!
É segredo.
Não era suposto dizer-te isto, mas ISTO é o que sinto.
i.e., uma amizade, uma harmonia, um bem-estar.
Uma amizade que está a nascer. E por ISTO, estamos sempre a olhar por ela. Para ela. Sempre a ver se está bem, se precisa de alguma coisa. Se chora, se tem frio, se quer mamar, se tem a fralda suja.
i.e., estamos sempre lá.
e.i., e isto:
agora que não estás daí, FAZES-ME FALTA.
SOMENTE PURA.
Tenho saudades tuas.
Confesso-me.
Fazes-me falta.
Hoje não controlei o sorriso quando me apareceu pela frente a tua imagem.
Estava aquilo a que se chama babada!
Com o teu sorriso, a tua boa disposição.
A tua cara, o teu corpo. A tua mente. A tua história. A tua figura. A tua fotografia.
O teu trabalho. As histórias na tua vida.
Passava um dia inteiro contigo.
Não me cansas.
Não era suposto dizer-te isto. Fecha os olhos. Não leias.
Não podes saber disto.
Fecha os olhos.
Já disse!
Fecha a página!
Desliga-me!
Não podes ler!
É segredo.
Não era suposto dizer-te isto, mas ISTO é o que sinto.
i.e., uma amizade, uma harmonia, um bem-estar.
Uma amizade que está a nascer. E por ISTO, estamos sempre a olhar por ela. Para ela. Sempre a ver se está bem, se precisa de alguma coisa. Se chora, se tem frio, se quer mamar, se tem a fralda suja.
i.e., estamos sempre lá.
e.i., e isto:
agora que não estás daí, FAZES-ME FALTA.
Subscrever:
Mensagens (Atom)