Tenho tanto escritos quantas as estrelas que há no Universo.
Tento organizá-los em constelações, galáxias, asterismos,...
Uns textos formam nebulosas, outros enxames abertos. Há escritos como estrelas cadentes, vêm e vão muito rápido.
Há palavras que se desintegram na atmosfera terrestre.
Há prosas que estão prestes a colidir umas com as outras.
Há textos duplos.
Há os que miram ora um lado do Universo, ora o outro.
Estão sempre a girar. A girar.
Como nós. Que nunca caímos, nunca caímos.
Em 24 horas o sol nasce, cresce, envelhece e morre.
E nós sempre lá.
E há uma nova vida amanhã. E amanhã. E depois. E amanhã. E sempre. E sempre. E infinito. E
Universo.
E
no fim?
No fim Somos ESCRITOS.
Matéria.
Gases iluminados, pela estrela que nos gerou.
poeira de uma estrela. Com Cinco Lados.