estamos sentados... a porta parece-me tão longe... e ao memso tempo bordeaux... bordeaux tal como o vinho que percorre as nossas veias infinitas desde a unhaca mai longíqua do mei pé até ao mais estratosférico dos meus longos cabelos... bordeaux... onde jogara Pauleta tal açor voando como uma águia sobre um ninho de cucos... um galinheiro de pintos... Vejo 2 luzes... será amor? mal era se visse só uma... aquela ao fundo do túnel... foge dessa luz, podes ficar cum esquentamento! (onde é keu ia?)... Ah! A porta a meio caminho me parece agora... lá está... e eu não estive lá! mas e se o cuco vier um dia a chocar contra a porta bordeaux? Ficará com uma b=u=b=a=d=e=i=r=a????????? Pensamos k sim...A porta está próxima e o teclado mais longe... será k continuo a escrever? a escrever continuarei longe da porta mas perto do perto do mais perto da perteza. E da longe continuo a ver duas luzes, as luzes kalumeiam o comboio da vida... k apeadeiro será este? será k saio? será k fico? neste túnel k n nos deixa ver a luz..
cerejo, elias e rita
Carla Veríssimo cria site para se dar a conhecer e ao seu trabalho.
Carla Veríssimo cria site para se dar a conhecer e ao seu trabalho| http://cavverissimo.wix.com/carlaverissimo
15/11/05
02/11/05
29/09/05
Tu, nos vários eus
Um sonho deixado para trás, num bailado a preto e branco.
Uma boneca sem vida.
Um corpo descoreografado.
Um ombro que segura. Uma cabeça de olhos fechados.
Farrapos num palco sem luz.
A pairar numa cadeira invisível.
De pernas dobradas e fita no cabelo.
Essa testa...
Esse olhar doce sob as pálpebras.
Uma menina ainda.
"Dança-te" da cadeira!
Sonha. Deixa. Vive. Segura. Olha. Fecha. Brilha. Levita. Dobra. Testa.
"Lança" com as pontas que tens nos pés!
Uma boneca sem vida.
Um corpo descoreografado.
Um ombro que segura. Uma cabeça de olhos fechados.
Farrapos num palco sem luz.
A pairar numa cadeira invisível.
De pernas dobradas e fita no cabelo.
Essa testa...
Esse olhar doce sob as pálpebras.
Uma menina ainda.
"Dança-te" da cadeira!
Sonha. Deixa. Vive. Segura. Olha. Fecha. Brilha. Levita. Dobra. Testa.
"Lança" com as pontas que tens nos pés!
28/09/05
25/08/05
Tó
Carla, tenho uma notícia triste. O Tó faleceu.
Esta frase lateja na minha cabeça. Custa-me acreditar. Não aceito.
É verdade..., ouço ainda do outro lado.
...
E ouço também a voz dele a chamar o nome dela; relembro a sua cara, os olhos, os gestos, o andar...
Tinha uns olhos bonitos. Pareciam sorrir.
Lembro-me do cigarro entre os dedos, do espaço de trabalho, daquela noite com os amigos; e da voz, novamente da voz...
E do sorriso. (Nos olhos)
Aquela vida. Aquela energia, a felicidade, os projectos...
Pergunto-me onde está a aliança que ele usava no dedo? O que irá ela fazer às roupas dele, aos objectos... às bancas de trabalhos?
Relembro a conversa que tivemos enquanto ele retocava uma prótese. Usava uns instrumentos cortantes e tão minúsculos, e como agarrava o dente com os dedos, perguntei-lhe: Não te costumas cortar?
Respondeu-me ''às vezes''.
Entretanto fui ajudá-la no jantar e quando ele entrou na cozinha, disse-me ''olha, tavas a perguntar se nunca me cortava, e assim que saíste cortei-me!!''.
Ri-me.
Recordo o seu entusiasmo ao explicar-me as mudanças que iam fazer na sala de estar.
Revivo aquela manhã em que desci as escadas para me despedir dele...
Entrei para o carro dela e ele ficou no pátio a pedir ao cão que se calasse.
Estamos a tentar gerir a nossa vida, de forma a que o Tó se orgulhe de nós, diz-me ela, passadas duas semanas.
Fico novamente pensativa...
Penso nos filhos deles, no que poderão sentir; nela...
nos projectos que ficaram para trás; no futuro que poderiam construir...
Ainda não consigo acreditar que escrevo este texto para ele...
NÃO! Para o Tó, não!
Por outro lado, sinto-o vivo, quando o faço.
Que assim seja, então!
Que vivas em cada letra destas palavras. ETERNAMENTE.
(Mais tarde vim a saber, que as roupas continuam no armário, como se ele tivesse ido, simplesmente, viajar...
Que não viu como ficou bonita a sala de estar, no fim das mudanças...
Que decidiu dar o cão a alguém que o levasse a caçar...)
Nunca imaginei que aquele olhar do lado de fora da janela do carro, fosse o último que lhe via... que me tinha literalmente despedido dele... para sempre...
...
Sinto os dias como mensagens, mas a da morte é tão escura como a noite... por isso não a consigo ler...
Tudo se evaporou como o fumo de um cigarro...
Esta frase lateja na minha cabeça. Custa-me acreditar. Não aceito.
É verdade..., ouço ainda do outro lado.
...
E ouço também a voz dele a chamar o nome dela; relembro a sua cara, os olhos, os gestos, o andar...
Tinha uns olhos bonitos. Pareciam sorrir.
Lembro-me do cigarro entre os dedos, do espaço de trabalho, daquela noite com os amigos; e da voz, novamente da voz...
E do sorriso. (Nos olhos)
Aquela vida. Aquela energia, a felicidade, os projectos...
Pergunto-me onde está a aliança que ele usava no dedo? O que irá ela fazer às roupas dele, aos objectos... às bancas de trabalhos?
Relembro a conversa que tivemos enquanto ele retocava uma prótese. Usava uns instrumentos cortantes e tão minúsculos, e como agarrava o dente com os dedos, perguntei-lhe: Não te costumas cortar?
Respondeu-me ''às vezes''.
Entretanto fui ajudá-la no jantar e quando ele entrou na cozinha, disse-me ''olha, tavas a perguntar se nunca me cortava, e assim que saíste cortei-me!!''.
Ri-me.
Recordo o seu entusiasmo ao explicar-me as mudanças que iam fazer na sala de estar.
Revivo aquela manhã em que desci as escadas para me despedir dele...
Entrei para o carro dela e ele ficou no pátio a pedir ao cão que se calasse.
Estamos a tentar gerir a nossa vida, de forma a que o Tó se orgulhe de nós, diz-me ela, passadas duas semanas.
Fico novamente pensativa...
Penso nos filhos deles, no que poderão sentir; nela...
nos projectos que ficaram para trás; no futuro que poderiam construir...
Ainda não consigo acreditar que escrevo este texto para ele...
NÃO! Para o Tó, não!
Por outro lado, sinto-o vivo, quando o faço.
Que assim seja, então!
Que vivas em cada letra destas palavras. ETERNAMENTE.
(Mais tarde vim a saber, que as roupas continuam no armário, como se ele tivesse ido, simplesmente, viajar...
Que não viu como ficou bonita a sala de estar, no fim das mudanças...
Que decidiu dar o cão a alguém que o levasse a caçar...)
Nunca imaginei que aquele olhar do lado de fora da janela do carro, fosse o último que lhe via... que me tinha literalmente despedido dele... para sempre...
...
Sinto os dias como mensagens, mas a da morte é tão escura como a noite... por isso não a consigo ler...
Tudo se evaporou como o fumo de um cigarro...
01/08/05
22/07/05
o que foi feito das fotos que tiraste comigo?
porquê, estás com saudades?! nostalgia?!
não gosto de perder pedaços da minha vida.
tu és um pedaço dela, todas as pessoas que conheço vão-me influenciando e tu foste uma delas. não é por não falar muito contigo que te esqueço. Há espaço para toda a gente boa que passa e passou na minha vida.
e lembro desse dia, em especial , porque gostei.
as pessoas vão-nos entrando na vida, mudando, marcando e portanto são parte de nós. é impossível esquecê-las. e também gosto de abrir a caixinha e ver que continuam lá, por mais que nem sempre possa falar com elas.
Co-produção: Nuno Pássaro & Carla Veríssimo
porquê, estás com saudades?! nostalgia?!
não gosto de perder pedaços da minha vida.
tu és um pedaço dela, todas as pessoas que conheço vão-me influenciando e tu foste uma delas. não é por não falar muito contigo que te esqueço. Há espaço para toda a gente boa que passa e passou na minha vida.
e lembro desse dia, em especial , porque gostei.
as pessoas vão-nos entrando na vida, mudando, marcando e portanto são parte de nós. é impossível esquecê-las. e também gosto de abrir a caixinha e ver que continuam lá, por mais que nem sempre possa falar com elas.
Co-produção: Nuno Pássaro & Carla Veríssimo
21/07/05
20/07/05
11/07/05
09/07/05
01/05/05
A quantas ando?
Na memória de uma imagem, à espera da Lua.
E tu não estás aqui.
Dizem que há vida lá no Além. Já não creio em nada.
Dia da tentação, peixinhos e bolas de sabão.
Não digas que não te avisei.
Estrela com nome de gente, o que é que tu tens?
Sorrio apenas.
Agora sou eu (finalmente minha).
E já estás no meu mapa.
Adaptado de Filipa Pais e José Peixoto
Na memória de uma imagem, à espera da Lua.
E tu não estás aqui.
Dizem que há vida lá no Além. Já não creio em nada.
Dia da tentação, peixinhos e bolas de sabão.
Não digas que não te avisei.
Estrela com nome de gente, o que é que tu tens?
Sorrio apenas.
Agora sou eu (finalmente minha).
E já estás no meu mapa.
Adaptado de Filipa Pais e José Peixoto
30/04/05
(...) Se temos de morrer, que sentido tem a vida?
Cada Homem que nasce deve redescobrir o sentido desta pergunta. E descobri-lo não significa tornarmo-nos donos de qualquer coisa, mas libertarmo-nos...
(...) Existir é uma loucura. Eu sou uma loucura. (...) Tentei convencer quem estava junto de mim de que o vazio estava cheio (...)
Foi nesse momento que iniciei de facto o meu caminho. O momento em que fiquei totalmente nu, totalmente inerme, totalmente sem voz.
Agora todos os dias me levanto e vou à janela e sei que esse dia poderá ser o último. Em mim, já não há medo ou sensação de vazio, o que há é a agitação um tanto adolescente de quem espera pelo primeiro encontro com o namorado.
(...) Ouço respirar aqueles que nascem e aqueles que partem, como um grande concerto entoado pelo vento. (...) Entre o céu e a terra há uma permuta contínua. (...)
... a abelha precisa da flor. Mas a flor, para existir, também precisa da abelha. Estamos todos ligados num abraço invisível. (...)
O bosque em chamas, Susanna Tamaro
Cada Homem que nasce deve redescobrir o sentido desta pergunta. E descobri-lo não significa tornarmo-nos donos de qualquer coisa, mas libertarmo-nos...
(...) Existir é uma loucura. Eu sou uma loucura. (...) Tentei convencer quem estava junto de mim de que o vazio estava cheio (...)
Foi nesse momento que iniciei de facto o meu caminho. O momento em que fiquei totalmente nu, totalmente inerme, totalmente sem voz.
Agora todos os dias me levanto e vou à janela e sei que esse dia poderá ser o último. Em mim, já não há medo ou sensação de vazio, o que há é a agitação um tanto adolescente de quem espera pelo primeiro encontro com o namorado.
(...) Ouço respirar aqueles que nascem e aqueles que partem, como um grande concerto entoado pelo vento. (...) Entre o céu e a terra há uma permuta contínua. (...)
... a abelha precisa da flor. Mas a flor, para existir, também precisa da abelha. Estamos todos ligados num abraço invisível. (...)
O bosque em chamas, Susanna Tamaro
15/04/05
Pontes vs Sonhos
Perfeição vs ImPeRfeIçãO
Homogéneo vs Heterogéneo
Branco vs Negro
Dar vs Receber
GRANDE vs pequeno
Subtileza vs Objectividade
Cara vs Coroa
Altura vs Largura
Suavidade vs Rugosidade
Visível vs
Direito vs Torto
Baço vs Brilho
Redondo vs Afilado
Real vs Magia
Verso vs Inverso
Homogéneo vs Heterogéneo
Branco vs Negro
Dar vs Receber
GRANDE vs pequeno
Subtileza vs Objectividade
Cara vs Coroa
Altura vs Largura
Suavidade vs Rugosidade
Visível vs
Direito vs Torto
Baço vs Brilho
Redondo vs Afilado
Real vs Magia
Verso vs Inverso
22/03/05
03/03/05
23/02/05
Obstáculos - Jorge Bucay
Voy andando por un sendero.
Dejo que mis pies me lleven.
Mis ojos se posan en los árboles, en los pájaros, en las piedras. En el horizonte se recorte la silueta de una ciudad. Agudizo la mirada para distinguirla bien. Siento que la ciudad me atrae.
Sin saber cómo, me doy cuenta de que en esta ciudad puedo encontrar todo lo que deseo. Todas mis metas, mis objetivos y mis logros. Mis ambiciones y mis sueños están en esta ciudad. Lo que quiero conseguir, lo que necesito, lo que más me gustaría ser, aquello a lo cual aspiro, o que intento, por lo que trabajo, lo que siempre ambicioné, aquello que sería el mayor de mis éxitos.
Me imagino que todo eso está en esa ciudad. Sin dudar, empiezo a caminar hacia ella. A poco de andar, el sendero se hace cuesta arriba. Me canso un poco, pero no me importa.
Sigo. Diviso una sombra negra, más adelante, en el camino. Al acercarme, veo que una enorme zanja me impide mi paso. Temo... dudo.
Me enoja que mi meta no pueda conseguirse fácilmente. De todas maneras decido saltar la zanja. Retrocedo, tomo impulso y salto... Consigo pasarla. Me repongo y sigo caminando.
Unos metros más adelante, aparece otra zanja. Vuelvo a tomar carrera y también la salto. Corro hacia la ciudad: el camino parece despejado. Me sorprende un abismo que detiene mi camino. Me detengo. Imposible saltarlo
Veo que a un costado hay maderas, clavos y herramientas. Me doy cuenta de que está allí para construir un puente. Nunca he sido hábil con mis manos... Pienso en renunciar. Miro la meta que deseo... y resisto.
Empiezo a construir el puente. Pasan horas, o días, o meses. El puente está hecho. Emocionado, lo cruzo. Y al llegar al otro lado... descubro el muro. Un gigantesco muro frío y húmedo rodea la ciudad de mis sueños...
Me siento abatido... Busco la manera de esquivarlo. No hay caso. Debo escalarlo. La ciudad está tan cerca... No dejaré que el muro impida mi paso.
Me propongo trepar. Descanso unos minutos y tomo aire... De pronto veo, a un costado del camino un niño que me mira como si me conociera. Me sonríe con complicidad.
Me recuerda a mí mismo... cuando era niño.
Quizás por eso, me animo a expresar en voz alta mi queja: -¿Por qué tantos obstáculos entre mi objetivo y yo?
El niño se encoge de hombros y me contesta: -¿Por qué me lo preguntas a mí?
Los obstáculos no estaban antes de que tú llegaras... Los obstáculos los trajiste tú.
Dejo que mis pies me lleven.
Mis ojos se posan en los árboles, en los pájaros, en las piedras. En el horizonte se recorte la silueta de una ciudad. Agudizo la mirada para distinguirla bien. Siento que la ciudad me atrae.
Sin saber cómo, me doy cuenta de que en esta ciudad puedo encontrar todo lo que deseo. Todas mis metas, mis objetivos y mis logros. Mis ambiciones y mis sueños están en esta ciudad. Lo que quiero conseguir, lo que necesito, lo que más me gustaría ser, aquello a lo cual aspiro, o que intento, por lo que trabajo, lo que siempre ambicioné, aquello que sería el mayor de mis éxitos.
Me imagino que todo eso está en esa ciudad. Sin dudar, empiezo a caminar hacia ella. A poco de andar, el sendero se hace cuesta arriba. Me canso un poco, pero no me importa.
Sigo. Diviso una sombra negra, más adelante, en el camino. Al acercarme, veo que una enorme zanja me impide mi paso. Temo... dudo.
Me enoja que mi meta no pueda conseguirse fácilmente. De todas maneras decido saltar la zanja. Retrocedo, tomo impulso y salto... Consigo pasarla. Me repongo y sigo caminando.
Unos metros más adelante, aparece otra zanja. Vuelvo a tomar carrera y también la salto. Corro hacia la ciudad: el camino parece despejado. Me sorprende un abismo que detiene mi camino. Me detengo. Imposible saltarlo
Veo que a un costado hay maderas, clavos y herramientas. Me doy cuenta de que está allí para construir un puente. Nunca he sido hábil con mis manos... Pienso en renunciar. Miro la meta que deseo... y resisto.
Empiezo a construir el puente. Pasan horas, o días, o meses. El puente está hecho. Emocionado, lo cruzo. Y al llegar al otro lado... descubro el muro. Un gigantesco muro frío y húmedo rodea la ciudad de mis sueños...
Me siento abatido... Busco la manera de esquivarlo. No hay caso. Debo escalarlo. La ciudad está tan cerca... No dejaré que el muro impida mi paso.
Me propongo trepar. Descanso unos minutos y tomo aire... De pronto veo, a un costado del camino un niño que me mira como si me conociera. Me sonríe con complicidad.
Me recuerda a mí mismo... cuando era niño.
Quizás por eso, me animo a expresar en voz alta mi queja: -¿Por qué tantos obstáculos entre mi objetivo y yo?
El niño se encoge de hombros y me contesta: -¿Por qué me lo preguntas a mí?
Los obstáculos no estaban antes de que tú llegaras... Los obstáculos los trajiste tú.
31/01/05
o melhor da vida
um abraço.
volto a dizer.
porque o abraço não cobra nada... dá-se por instinto, vontade própria... sei lá... (Marisa Marques)
volto a dizer.
porque o abraço não cobra nada... dá-se por instinto, vontade própria... sei lá... (Marisa Marques)
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