Se tivesse de escrever um texto para o Hélder o que sairia da tinta desta caneta? Ou de dentro de mim?
Um desconhecido que me faz rir, mas com quem não troco sorrisos; de quem não vejo 2 OLHOS POR DETRÁS DE 1 BIOMBO. De quem me chegam apenas fotografias. Poucas. As que ele se propõe a partilhar comigo. As que me PERMITE ver. Ainda não sei se por razões profissionais ou pessoais. Ou ambas. Ou nenhuma. Não tem de haver uma razão para tudo, pois não?
Dessas fotografias que caem no meu painel de fotos. Desse amigo do amigo de uma amiga. Esse amigo de uma amiga que faz questão que eu conheça: o Hélder.
- O Hélder também gostou deste bar. O Hélder também isto, o Hélder também aquilo.
- Tenho que te apresentar o Hélder.
E eu, não vejo razão para recusar.
Espero fazer um novo amigo.
Há muito tempo que não faço um amigo. Um amigo desses a sério.
Com quem se pode falar abertamente de tudo. Do intimo e do supérfluo.
Uma vez escrevi algo deste género para e sobre o Sérgio Marto. Ele foi e é um desses amigos a sério.
Tenho saudades dessa amizade.
Às vezes temos saudades dos nossos amigos. Mesmo quando eles estão sempre presentes.
Se tivesse de escrever um texto para o Hélder... sairia desta caneta que me apetece apenas ser sua amiga. Apenas não, porque quando se é amigo é-se muito. Não se é apenas.
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